Mulher afirma ter discutido com estudante de medicina antes da chegada da polícia
Mortes pela PM Aumentam 82% em 2024.
- Data: 20/11/2024 23:11
- Alterado: 20/11/2024 23:11
- Autor: redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:Reprodução
Na madrugada desta quarta-feira (20), a morte de Marco Aurélio Cardenas Acosta, estudante de medicina da Universidade Anhembi Morumbi, trouxe à tona questões sobre o uso da força policial em São Paulo. A vítima, de 22 anos, foi baleada durante uma abordagem policial na Vila Mariana. Segundo testemunhas, uma discussão antecedeu o trágico incidente, quando Marco Aurélio e uma mulher discutiram sobre uma dívida em um hotel. A mulher relatou ter visto parte da interação entre o estudante e os policiais, antes de ouvir o disparo que levou o estudante ao chão.
Imagens de segurança mostram o estudante tentando escapar da abordagem, sendo contido por um policial que apontava sua arma enquanto outro PM se aproximava. A sequência de eventos culminou no disparo fatal. Marco Aurélio foi levado ao Hospital Ipiranga, mas não resistiu após sofrer paradas cardiorrespiratórias.
O protocolo da Polícia Militar (PM) sugere o uso progressivo da força, com armas de fogo como último recurso. O caso levanta preocupações sobre a aplicação dessas diretrizes, especialmente dado o aumento significativo no número de mortes causadas por policiais em serviço no estado. De janeiro a setembro de 2024, foram registradas 474 mortes, um aumento de 82% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
A Secretaria da Segurança Pública afirmou que os policiais envolvidos foram indiciados e afastados das atividades operacionais enquanto as investigações prosseguem. Este episódio reflete um problema crescente em São Paulo e destaca a necessidade urgente de revisitar políticas de segurança pública para prevenir novas tragédias.