Mortes de macacos na USP gera alerta sobre febre amarela
A transmissão da febre amarela ocorre principalmente através da picada de mosquitos infectados
- Data: 06/01/2025 08:01
- Alterado: 06/01/2025 08:01
- Autor: Redação
- Fonte: SBT News
Crédito:Reprodução/Youtube
No último dia 31 de dezembro, quatro macacos bugio foram encontrados mortos no campus da Universidade de São Paulo (USP), localizado em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Os primatas foram descobertos em uma área de mata da instituição, e a situação levantou preocupações entre as autoridades de saúde.
O Laboratório de Virologia da universidade confirmou que os macacos estavam infectados com febre amarela, doença que levou à morte dos animais. Para uma confirmação mais precisa, as amostras sanguíneas dos primatas foram enviadas ao Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, onde uma contraprova está sendo realizada. O resultado deste exame é aguardado com expectativa nos próximos dias.
A Prefeitura de Ribeirão Preto se prepara para elaborar um plano de vacinação na cidade e nas áreas adjacentes ao campus da USP, dependendo do resultado da contraprova.
A febre amarela é uma infecção grave que pode resultar em falência hepática, icterícia e hemorragias, apresentando um alto risco de mortalidade, especialmente nas suas formas mais severas. Os primeiros sinais da doença incluem febre, dor de cabeça e cansaço extremo.
A transmissão da febre amarela ocorre principalmente através da picada de mosquitos infectados. No ambiente urbano, o mosquito Aedes aegypti, conhecido também por transmitir dengue, zika e chikungunya, é o principal vetor. Em ambientes silvestres, os mosquitos do gênero Haemagogus são responsáveis pela contaminação. A propagação do vírus se dá quando esses mosquitos picam humanos.
Os macacos desempenham um papel crucial na dinâmica epidemiológica da febre amarela. Embora não transmitam a doença aos humanos, eles são altamente suscetíveis à infecção. Quando há um aumento significativo no número de mortes entre essas espécies, isso indica que o vírus está ativo em determinada área, servindo como um alerta para as autoridades sanitárias sobre a possibilidade de surtos.
A prevenção contra a febre amarela é primariamente baseada na vacinação. O imunizante disponível é altamente eficaz e pode proporcionar proteção ao longo da vida, dependendo da dose administrada. Além disso, recomenda-se o uso de repelentes e a evitação de áreas onde a presença de mosquitos é alta.