Morre Messias Coelho, fundador do icônico Sebo do Messias
Aos 83 anos, Messias faleceu devido a complicações cardíacas; visionário, o empresário transformou um pequeno acervo em um dos maiores sebos do Brasil, legado que continua vivo
- Data: 20/12/2024 11:12
- Alterado: 20/12/2024 11:12
- Autor: Redação
- Fonte: Terra
Messias Coelho, fundador do Sebo do Messias
Crédito:Reprodução/Facebook
Na manhã desta quinta-feira, 19 de outubro, a comunidade literária foi surpreendida pela notícia do falecimento de Messias Antonio Coelho, conhecido como o fundador do Sebo do Messias, um icônico espaço dedicado à compra e venda de livros usados localizado no centro de São Paulo. Completaria 84 anos no próximo dia 2 de janeiro, Messias faleceu devido a complicações de insuficiência cardíaca.
A confirmação da morte foi realizada por Cleber Aquino, que atuava como funcionário do Sebo há mais de 22 anos. O sepultamento está programado para ocorrer nesta sexta-feira, 20 de outubro, às 13h, no Cemitério Congonhas, situado na Rua Min. Álvaro de Sousa Lima, 101 – Jardim Marajoara, São Paulo/SP.
Natural de Minas Gerais, Messias chegou a São Paulo em 1964 com apenas 23 anos. Sua trajetória na metrópole teve início como ajudante de garçom. A ideia de empreender no ramo dos livros surgiu através de incentivo de seu sogro, levando-o a realizar vendas inicialmente porta a porta.
O marco na carreira de Messias ocorreu após o falecimento de um cliente que possuía uma extensa biblioteca. Com isso, ele viu a oportunidade de adquirir os 5 mil volumes da coleção e assim fundou o Sebo do Messias em 1969.
Atualmente, o sebo abriga mais de 3 milhões de itens em seu acervo, incluindo raridades literárias e obras que pertenciam ao estoque da extinta livraria Saraiva, que decretou falência em 2023. As duas filhas de Messias assumirão a continuidade dos negócios familiares.
Apesar da perda irreparável de seu fundador, o Sebo do Messias permanecerá aberto nesta sexta-feira. Cleber Aquino expressou sua devoção ao fundador: “Estou com a porta aberta a pedido dele. Para mim, ele foi como um segundo pai. O consolo que temos é que vivemos bem e somos muito unidos… isso sempre será assim. O nome dele será lembrado por décadas e nos esforçaremos para garantir isso”.