Moradores participam do simulado de emergência do Polo Petroquímico
No treinamento de segurança, o cenário de emergência em uma das empresas do Polo Petroquímico envolveu a queda simulada de um balão em chamas sobre um tanque de gasolina
- Data: 11/12/2019 11:12
- Alterado: 11/12/2019 11:12
- Autor: Redação
- Fonte: COFIP ABC
Objetivo do treinamento de segurança foi preparar a comunidade e os órgãos públicos para atuação segura em caso de eventual emergência
Crédito:Angelo Baima/ PSA
Moradores das ruas Patagônia e Paquistão, situadas no Parque Capuava, em Santo André, participaram do primeiro simulado de emergência com evasão da comunidade, coordenado pela Defesa Civil de Santo André, com apoio do COFIP ABC (Comitê de Fomento Industrial do Polo do Grande ABC) e do PAM Capuava (Plano de Auxílio Mútuo Capuava), na manhã do último sábado (7/12), no Polo Petroquímico do Grande ABC.
No treinamento de segurança, o cenário de emergência em uma das empresas do Polo Petroquímico envolveu a queda simulada de um balão em chamas sobre um tanque de gasolina. O fogo se propagou e atingiu outros quatro tanques. Em função da combustão da gasolina, houve a emissão de fumaça, ocasionada pela queima de combustível; neste caso, poderia haver a inalação por parte dos moradores. O objetivo do exercício foi preparar a comunidade e os órgãos públicos para atuação segura em caso de eventual emergência.
O simulado ainda contou com a participação da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), Corpo de Bombeiros, DET (Departamento de Engenharia de Tráfego), GCM (Guarda Civil Metropolitana), PM (Polícia Militar) e SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), além do COI (Centro de Operações Integradas), da Prefeitura de Santo André.
Na avaliação de Carlos Barbeiro, coordenador de Saúde, Segurança e Meio Ambiente do COFIP ABC, o exercício foi um marco porque representou a formação do NUPDEC (Núcleo de Proteção e Defesa Civil da Comunidade). “O mais importante neste simulado foi testar a infraestrutura, a fluência da comunicação entre as iniciativas pública e privada e, sobretudo, a participação da comunidade, uma vez que o foco é a proteção da comunidade e do meio ambiente”, afirma.
De acordo com Rafael Neves, coordenador da Defesa Civil de Santo André, o treinamento de segurança levou os moradores do Parque Capuava a pensarem sobre a segurança de maneira compartilhada com o município e a indústria, o que é muito importante. “A população correspondeu ao exercício. Colocamos a Defesa Civil como primeira instância para o chamado da comunidade. Saímos satisfeitos e prontos para um próximo simulado”, declara.
João Carlos Mucciacito, químico da Cetesb, avalia que o treinamento de segurança teve saldo positivo porque a evasão dos moradores e o retorno às residências foram realizados de maneira bastante adequada. “A Cetesb teve o trabalho de monitorar as condições do ar atmosférico durante o episódio e ao término do cenário. Foi um evento de grande valia porque contemplou bem todas as situações emergenciais”, aponta.
Luiz Sarno, coordenador do PAM Capuava, frisa que é muito improvável que um evento como o cenário simulado aconteça porque o nível de segurança das empresas é muito alto, mas o risco não é zero. “Devemos estar preparados e integrados para que o impacto à população e ao meio ambiente seja o menor possível caso algo aconteça. Este é o nosso foco: saúde, segurança e meio ambiente. A comunidade entendeu o recado e participou”, afirma.