Ministro do Supremo libera investigação sobre deputada Flordelis

Luís Roberto Barroso, do STF, decidiu que o MP do Rio e a polícia podem prosseguir com as investigações sobre suposta participação da deputada Flordelis (PSD) no assassinado de seu marido

  • Data: 02/08/2019 11:08
  • Alterado: 02/08/2019 11:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Agência Brasil
Ministro do Supremo libera investigação sobre deputada Flordelis

A deputada federal Flordelis, fala sobre a morte de seu marido, o pastor Anderson do Carmo.

Crédito:Fernando Frazão/Agência Brasil

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O assassinato do pastor evangélico Anderson do Carmo, ocorreu em junho deste ano.

Após iniciar a investigações, o MP enviou o caso para o Supremo por constatar o possível envolvimento da deputada federal no crime. Como deputados têm foro privilegiado na Corte, os promotores pediram uma manifestação sobre a continuidade das investigações na primeira instância da Justiça.

Ao decidir o caso, o ministro Barroso entendeu que o suposto crime de homicídio não tem relação com o mandato parlamentar. Dessa forma, a investigação deve continuar na primeira instância. “O foro privilegiado constitui instrumento para garantir o livre exercício de certas funções públicas, não havendo sentido em estendê-lo a crimes que, cometidos após a investidura, sejam estranhos ao exercício das respectivas funções”, disse o ministro.

No ano passado, a Corte decidiu restringir o foro e determinou que parlamentares só podem responder a processos no STF se as acusações estiverem relacionadas com o mandato.

Nota da deputada
Em nota, a assessoria da deputada afirma que, em razão da decisão do STF, é preciso esclarecer que, em nenhum momento, Flordelis solicitou ou reivindicou a prerrogativa de não ser investigada pela polícia e pela Justiça. “O STF foi provocado pelo Ministério Público, porque a lei assim exige”, destaca o texto.

“A decisão não surpreendeu a deputada Flordelis, porque ela tem conhecimento que a prerrogativa só seria aplicada se o crime investigado tivesse ocorrido em razão do mandato dela”, acrescenta o comunicado. O texto lembra que, antes da decisão, a deputada colocou-se à disposição da polícia em todos os momentos em que foi solicitada e que tem todo interesse na solução do caso. “Ela precisa saber quem foram os autores do crime e as razões que tiveram. Só depois disso ela terá paz”, conclui a nota.

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  • Data: 02/08/2019 11:08
  • Alterado:02/08/2019 11:08
  • Autor: Redação
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