Ministro diz ter identificado erro em 6 mil provas do Enem
Segundo Abraham Weintraub, período de inscrição para o Sisu terá dois dias a mais que o previsto
- Data: 20/01/2020 19:01
- Alterado: 20/01/2020 19:01
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
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O ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou nesta segunda-feira, 20, que a falha de correção do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) atingiu 6 mil provas e reforçou que o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) abrirá nesta terça-feira, 21, conforme previsto inicialmente. O Estado apurou que mais de 75 mil candidatos pediram a recorreção da prova e que todos os casos foram analisados, mas os erros só foram constatados para 6 mil pessoas.
O anúncio foi feito pelo ministro na tarde desta segunda em sua conta do Twitter. “Ninguém será prejudicado! O Sisu abrirá amanhã e terá mais dois dias além do previsto, ou seja, vai até domingo. Novamente, pedimos desculpas pelo susto”, disse Weintraub.
O ministro não explicou por que o período de inscrição para o Sisu foi ampliado. O sistema é utilizado pelos estudantes para, com a nota do Enem, se candidatar a uma vaga em universidade e institutos federais de todo o País.
Segundo o governo federal, 95% das provas com problemas na correção estavam em quatro cidades de Minas Gerais (Viçosa, Ituiutaba e Iturama) e Bahia (Alagoinhas). A maioria dos erros ocorreu no segundo dia de provas, quando os candidatos resolvem as questões de Matemática e Ciências da Natureza.
Servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) disseram ter encontrado mais de um tipo de falha na correção. Inicialmente, o governo disse que o problema ocorreu por erro na identificação dos cartões de resposta dos candidatos e da respectiva cor das provas que fizeram. A falha teria ocorrido na gráfica, a empresa Valid: os arquivos com essas informações foram repassados ao Inep com divergências. Ou seja, o aluno fez a prova de uma cor, mas a nota foi corrigida como se fosse de outra.
Segundo os servidores também houve problema com a utilização de um cartão de respostas reserva. Eles afirmam que essas falhas poderiam ter sido identificadas antes da divulgação das notas.
O presidente do Inep, Alexandre Lopes, disse que a recorreção foi feita em todas as quase 4 milhões de provas do Enem, não apenas naquelas em que houve a reclamação dos candidatos. “Pegamos os quase 4 milhões de participantes e corrigimos as provas deles com todos os gabaritos possíveis e calculamos todas as proficiências possíveis. Nós olhamos todos as situações em que poderia ter algum tipo de modificação de nota. Você já pode olhar na página dos participantes, sua nota já foi corrigida”, disse.