Ministério da Saúde assina contrato de 10 milhões de doses da Sputnik V contra covid-19

O Ministério da Saúde assinou hoje, 12, contrato para compra de 10 milhões de doses da vacina Sputnik V, do Instituto Gamaleya, Rússia, e distribuída no Brasil pela União Química

  • Data: 12/03/2021 18:03
  • Alterado: 12/03/2021 18:03
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Ministério da Saúde assina contrato de 10 milhões de doses da Sputnik V contra covid-19

Ministério compra doses da Sputnik

Crédito:Reprodução

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Segundo o ministério, a ideia é receber 400 mil doses até o fim de abril, 2 milhões no fim de maio e 7,6 milhões em junho. A pasta afirma que só fará o pagamento pelas doses após a vacina receber autorização emergencial de uso ou registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A autorização para a compra da vacina já havia sido publicada em 20 de fevereiro e houve empenho (ato que antecede o pagamento) de R$ 693,6 milhões. Cada dose custou cerca de US$ 12.

Mais cedo, a Anvisa informou que ainda aguarda dados de segurança e eficácia da vacina, além do pedido da União Química para começar a análise de uso da Sputnik V. A eficácia do imunizante é de 91,6%, segundo dados publicados na revista científica The Lancet.

Há forte lobby político por essas vacinas. Na linha de frente da negociação com o governo, a União Química tem o ex-deputado Rogério Rosso (PSD-DF) e o ex-diretor da Anvisa Fernando Mendes. O dono da empresa, Fernando Marques, também tem bom trânsito com o poder público. Ele foi candidato no Distrito Federal ao Senado em 2018 pelo Solidariedade, partido de Paulinho da Força, e também costuma financiar campanhas eleitorais.

Governadores do Consórcio do Nordeste também negociam a compra do imunizante. Segundo o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), Pazuello se comprometeu a fazer a compra de mais 39 milhões de doses da Sputnik V, o que acabaria com a necessidade de compra pelo consórcio. O Ministério da Saúde não confirma ainda esta nova aquisição.

A União Química também planeja produzir doses da vacina no Brasil, mas ainda não há certificação de sua fábrica para isso. No total, a ideia da empresa é entregar 150 milhões de unidades no ano.

O ministério disse que irá avaliar nas próximas semanas se fecha novo contrato com a farmacêutica para compra das doses que devem ser produzidas no Brasil.

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