Ministério da Ciência e Tecnologia testa medicamento contra a covid-19 em São Caetano

 O vermífugo reduziu em 94% a carga viral em células infectadas in vitro. Essa última etapa da pesquisa, com pacientes voluntários, busca comprovar cientificamente a eficácia do remédio no tratamento precoce da covid-19.

O ministro Marcos Pontes esteve sexta-feira (12/6) em São Caetano para promover a ação #500VoluntáriosJá. “Precisamos envolver 500 pacientes para que o estudo seja concluído o quanto antes”, destacou. “Queremos apresentar ao Brasil e ao mundo que este remédio, identificado por pesquisadores brasileiros com recursos do governo federal, é capaz de combater o vírus e salvar vidas.”

O prefeito José Auricchio Júnior externou a satisfação pela cidade contribuir na busca de uma solução contra este grave momento. “Estamos enfrentando uma crise sanitária sem precedentes no mundo contemporâneo. A covid-19 é uma doença traiçoeira, que tem tirado muitas pessoas do nosso convívio. Esperamos que, na maior brevidade, possamos ter uma droga para a redução de sua carga viral.” O deputado estadual Thiago Auricchio e a secretária municipal de Saúde, Regina Maura Zetone, também acompanharam a ação.

Pessoas com sintomas leves (febre, tosse e coriza, por exemplo) que comparecem à estrutura de atendimento a síndromes gripais, montada em março pela Prefeitura na Rua Saldanha Marinho (ao lado do Hospital de Emergências Albert Sabin), e que testam positivo para a covid-19, estão sendo convidadas a participar do estudo clínico – já são 80 voluntários até aqui.

O paciente é acompanhado por oito dias, com o medicamento administrado por cinco deles. “Em alguns casos, a pessoa poderá apresentar algum sintoma leve por conta do uso da Nitazoxanida, especialmente gastrointestinal, mas este é um protocolo seguro com relação a efeitos colaterais”, garante o diretor técnico do Hospital Albert Sabin e coordenador do estudo em São Caetano, Marco Cezário. “Independentemente de melhora nos primeiros dias, é preciso seguir o tratamento até o fim”, alerta.

O analista de sistemas Ricardo Fabricio, de 42 anos, foi um dos pacientes que procuraram o serviço na sexta-feira. Com dores no corpo e febre, se voluntariou. “Acho importante colaborar com uma pesquisa que pode ser histórica. É bom para mim e para todos que eventualmente se beneficiarem do resultado deste estudo.”