Melhora na coleta seletiva depende da população

Artigo de Sebastião Ney Vaz Jr., superintendente do Semasa, fala sobre a importância da população participar mais da coleta seletiva evitando custos e problemas futuro

  • Data: 25/05/2016 09:05
  • Alterado: 25/05/2016 09:05
  • Autor: Redação
  • Fonte: Sebastião Ney Vaz Jr
Melhora na coleta seletiva depende da população

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Estudos do Semasa constatam que a adesão à coleta seletiva em Santo André melhorou no último ano, mas, com apoio da população, ainda é possível e necessário que avance mais. O bom sinal vem do volume total de resíduos separados para a coleta porta a porta. Enquanto a quantidade de orgânicos caiu 11,5% entre 2014 e 2015, a de secos (recicláveis) aumentou 9%.

Hoje, apesar dos avanços e de a cidade reciclar 12% do total de resíduos que gera, os moradores ainda separam uma parcela pequena de secos para o dia da coleta (5% do total) e, o que é pior, descartam com úmidos materiais que poderiam ser reaproveitados.

Do total de úmidos recolhidos, 48% estão misturados a resíduos secos. Há também uma parcela de moradores que descarta com os secos restos de alimentos e de sanitários, o que inviabiliza o seu reaproveitamento.

Em Santo André, participar da coleta seletiva é fácil: basta separar os resíduos secos dos úmidos e colocar na calçada nos dias certos. O caminhão dos secos passa em toda cidade pelo menos uma vez por semana e em dias diferentes do de úmidos. Os secos são destinados às cooperativas de reciclagem, onde ex-catadores fazem a triagem e vendem o material, gerando renda para 70 famílias. Já os úmidos seguem para o aterro municipal.

Santo André é o único município da região que tem aterro público. O equipamento tem vida útil estimada entre seis a oito anos e, no fim do período, o custo da destinação dos resíduos para o município pode até triplicar. Esta vida útil, porém, pode se estender se a população participar mais da coleta seletiva, destinando um volume menor de recicláveis ao aterro.

O Semasa gerencia os serviços de resíduos da cidade respeitando a legislação federal: a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Ela preconiza que cabe aos consumidores disponibilizar adequadamente para a coleta os resíduos reutilizáveis e recicláveis.

Neste sentido, o Semasa intensificou a campanha de orientação da população e, nos primeiros meses de 2016, iniciou ações diretas para ampliar a reciclagem nos condomínios, que geram 17% dos resíduos da cidade.

Moradores de condomínios querem participar da coleta seletiva, mas muitos síndicos encontram dificuldades para implantar o sistema. Para mudar isso, o Semasa tem feito reuniões com administradores, orientando e buscando alternativas conjuntas. O objetivo é melhorar a disposição de resíduos e garantir uma qualidade de vida melhor para toda Santo André.

Sebastião Ney Vaz Jr. é superintendente do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André).

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  • Data: 25/05/2016 09:05
  • Alterado:25/05/2016 09:05
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  • Fonte: Sebastião Ney Vaz Jr









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