MDB tenta aumentar bancada para disputa no Senado
Com a candidatura do deputado Baleia Rossi (SP) na Câmara, o MDB se movimenta para tentar comandar mais uma vez o Senado
- Data: 25/12/2020 12:12
- Alterado: 25/12/2020 12:12
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
MDB almeja vencer candidatura na Câmara e no Senado
Crédito:Reprodução
<p>A <strong>intenção do partido é voltar a presidir as duas Casas Legislativas </strong>e ter o controle da pauta do Congresso.</p> <p>Para tanto, montou uma <strong>estratégia </strong>com o objetivo de <strong>filiar outros nomes</strong> e fisgar o apoio do governo.</p> <p>O <strong>MDB tem 13 senadores</strong>, menos que em legislaturas anteriores, mas, ainda assim, trata-se da <strong>maior bancada</strong>. A eleição que vai renovar a cúpula do Congresso está marcada para 1.º de fevereiro e o partido pretende engordar para a disputa. <strong>Negocia o retorno de quadros antigos</strong>, como o senador Veneziano Vital do Rêgo (PB), que vai deixar o PSB, e Rose de Freitas (ES), de saída do Podemos.</p> <p>Antes mesmo do anúncio da candidatura de Baleia Rossi à presidência da Câmara, o <strong>MDB decidiu que terá chapa própria à sucessão de Davi Alcolumbre</strong> (DEM-AP) no Senado. Ao não lançar um nome da sigla para a Câmara, porém, o DEM espera que o MDB acabe desistindo dessa pretensão para aderir à candidatura de Rodrigo Pacheco (DEM-MG), apoiada por Alcolumbre.</p> <p>Até agora, porém, não há sinais de recuo por parte do MDB, que, <strong>no Senado, tem um perfil mais governista e tenta o aval do presidente Jair Bolsonaro</strong>. Estão no páreo os senadores do MDB Eduardo Gomes (TO), Fernando Bezerra Coelho (PE) e Eduardo Braga (AM). O primeiro é líder do governo no Congresso; o segundo, líder do governo no Senado e Braga, da bancada do MDB. <strong>Corre por fora Simone Tebet (MS), que preside a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e não se alinha ao Palácio do Planalto.</strong></p> <p><strong>Gomes, Coelho e Braga, por sua vez, buscam apoio de Bolsonaro</strong>, tentando "furar" a aliança de Alcolumbre com o governo. N<strong>a semana passada, foram chamados por Bolsonaro de "os três mosqueteiros"</strong>. "Não há como se imaginar que possamos ter um presidente do Senado sem diálogo com o governo", afirmou Braga.</p> <p>Na outra ponta, o grupo "Muda, Senado", que tem 18 senadores e hoje faz oposição a Alcolumbre, poderá se dissolver para apoiar um candidato contrário a ele em um arco maior de alianças, que também reuniria partidos como PSDB e Cidadania.</p>