Mauá celebra o dia Mundial do Meio Ambiente com a despoluição de córregos
Contribuintes do rio Tamanduateí, os córregos Bocaina, Água Espraiada, Taboão e Itrapõa apresentam melhora na qualidade da água, livres da poluição provocada por esgoto
- Data: 04/06/2021 13:06
- Alterado: 04/06/2021 13:06
- Autor: Redação
- Fonte: BRK Ambiental
Córrego Itrapoã
Crédito:Divulgação/BRK Ambiental
Neste sábado, 5 de junho, é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiental e a BRK Ambiental, concessionária responsável pelos serviços de esgoto em Mauá se orgulha de apresentar ações que transformam e impactam na qualidade de vida e saúde da população do município.
Atualmente, Mauá se destaca como uma das cidades que mais avançou nos últimos anos, com 86% de tratamento de esgoto, o melhor índice da Região Metropolitana de São Paulo. O percentual de 93% da coleta do efluente também é um índice expressivo na região.
Esses índices demonstram um grande ganho ambiental para a cidade. Mauá acolhe a nascente do Rio Tamanduateí, terceiro maior afluente do Rio Tietê. Aproximadamente nove quilômetros do rio Tamanduateí passam por Mauá e a sua nascente foi uma das principais beneficiadas com a retirada do esgoto anteriormente nela lançado.
Os córregos Taboão e Itrapoã que cortam os bairros Jardim Adelina, Itapeva, Jardim Camila, Primavera, Jardim Luzitano e Vila João Ramalho, no Parque São Vicente, além do Córrego Bocaína que passa pela Vila Bocaína, Vila Guarani e Jardim Itapark, também já apresentam melhorias na qualidade das águas que correm por seus leitos, em decorrência dos avanços dos serviços de esgotamento sanitário no município.
A despoluição dos córregos e da nascente do rio Tamanduateí foi possível após a BRK Ambiental realizar investimentos que já ultrapassam R$ 250 milhões para a ampliação do sistema de esgotamento sanitário da cidade.
Os investimentos permitiram a construção de cinco estações de bombeamento na cidade, a implantação da Estação de Tratamento de Esgoto e a extensão de mais 614 quilômetros de redes de esgoto, além de obras para interligação dessas redes coletoras de todas as sub-bacias que margeiam os principais córregos do município.
Os moradores e comerciantes destas regiões comentam que a retirada do esgoto, além de impactar na preservação ambiental do rio Tamanduateí e cursos d´água contribuíram também para o seu bem estar e qualidade de vida pela eliminação do mau cheiro, riscos de contaminação e diminuição da proliferação de ratos e baratas, antes existentes.
“O forte odor impactava, inclusive, no nosso trabalho na loja e ocorria por conta da grande carga de lançamento do esgoto no córrego. Agora, podemos dizer que melhorou significativamente, principalmente em dias de calor. A transparência das águas também é uma melhoria perceptível, hoje é possível ver as pedras no fundo e perceber a recomposição do córrego”, relata Leonardo Lopes Pereira, comerciante da região da Vila Bocaina.
Para Ademir Becchelli, morador e comerciante do local, a intervenção e impacta diretamente na recuperação do córrego Bocaina, com um grande ganho ambiental para a cidade. “Sou morador da região da Vila Guarani há mais de 30 anos. Antigamente, eu pescava nesse córrego. É gratificante perceber como a natureza se recuperou rápido após a realização das obras de saneamento”, relata o morador da Vila Guarani.
A diminuição de doenças relacionadas à falta de saneamento básico, tais como diarreia, dengue, leptospirose e infecções gastrointestinais também é um ponto destacado pelos moradores que vivem próximos aos córregos.
Os comerciantes e moradores da Vila João Ramalho, Júlio e Matilde Tafner, destacam que observam uma realidade diferente com relação a situação do saneamento na cidade.
“Eu sou morador do bairro João Ramalho há cerca de 37 anos e era muito difícil conviver com o esgoto lançado nesse córrego. Pelo fato de o córrego correr ao lado da minha casa e do meu comércio, o mau cheiro, além do contato com os dejetos me renderam diversas vezes idas ao hospital por conta de vômitos e diarreias. Depois das obras que retiraram o esgoto eu percebi que acabou o mau cheiro e consequentemente melhorou a minha saúde. Com a água limpa é bem melhor para trabalhar e hoje eu tenho prazer de morar na beira do córrego”.
“Agora as crianças podem brincar com segurança na rua, sem o risco de contaminação e vivemos com muito mais tranquilidade. Antes as crianças jogavam bola na rua morrendo de medo que ela caísse no córrego, pois era muito difícil resgatá-la no meio de tanto esgoto, ressalta Matilde Tafner.
Descarte irregular de lixo e óleo de cozinha impactam na qualidade dos cursos d´água
A empresa informa que o descarte irregular de resíduos e óleo de cozinha nas redes de esgoto podem causar entupimentos e vazamentos de esgoto que implicam riscos ao meio ambiente e a saúde da população.
Portanto, além das intervenções e obras realizadas pela concessionária é muito importante também que cada cidadão atue com compromisso ambiental, não descartando lixo pelos ralos, vasos sanitários e qualquer outro resíduo nas redes de esgoto.
Em 2020, foram retiradas 118 toneladas de lixo das redes que compõem o sistema de esgoto de Mauá. Neste ano, somente no período de janeiro a maio, a concessionária já contabilizou a retirada de aproximadamente 48 toneladas. Fluídos como óleo de cozinha, gordura, chorume proveniente do acúmulo de lixo e agrotóxicos também são grandes vilões do meio ambiente.
“Alguns estudos apontam que um litro de óleo de cozinha pode poluir um milhão de litros de água, portanto destinar corretamente o óleo de cozinha usado é fundamental para evitar a contaminação dos cursos d´água presentes na cidade”, informa Thais Cortina responsável pela área de Sustentabilidade da BRK Ambiental.
Na cidade de Mauá, em parceria com as Secretarias de Educação e do Verde e Meio Ambiente e com a empresa Lírium Reciclagem Ambiental, é realizado o projeto Olho Vivo “Água e óleo não se misturam”, que prevê a coleta e correta destinação do óleo de cozinha usado.
O projeto que conta com pontos de coleta nas escolas municipais e conveniadas passou por uma adequação nesse momento de pandemia e retoma a coleta de forma segura a partir desse mês de junho.
“Desde o início do projeto, em 2013, cerca de dez mil litros de óleo de cozinha, reduzindo o impacto gerado com o descarte inadequado do óleo usado no solo, nos cursos d’água e na rede de esgoto”, destaca Thais.
Para participar do projeto é simples, após a fritura dos alimentos espere o óleo esfriar e despeje em garrafas de plástico ou PET. Leve a garrafa até a escola municipal ou ponto de coleta mais próximo da sua casa e deposite no coletor do projeto. Todos os pontos de coleta cadastrados são certificados por dar um destino final adequado aos resíduos.
Mais dicas e informações sobre os cuidados com as redes de esgoto e o descarte correto de lixo podem ser obtidas no Blog Saneamento em Pauta, acesse: blog.brkambiental.com.br.