Massa de ar vinda da Argentina eleva temperatura no Brasil

Máximas em algumas cidades devem ficar perto ou até acima dos 40ºC na região Sul do País; perspectiva é de calor a semana inteira no Rio Grande do Sul, de acordo com o prognóstico da MetSul

  • Data: 05/02/2024 10:02
  • Alterado: 05/02/2024 10:02
  • Autor: Redação
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Massa de ar vinda da Argentina eleva temperatura no Brasil

Altas temperaturas

Crédito:Reprodução

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A massa de calor que atinge a Argentina, descrita por especialistas como “domo de calor”, deve se intensificar e avançar por cidades brasileiras ao longo dos próximos dias, especialmente na região Sul do País, segundo previsão divulgada pela MetSul Meteorologia. Como reflexo disso, as temperaturas máximas devem ficar perto ou até acima dos 40ºC em municípios gaúchos.

A MetSul afirma que o fenômeno já afeta o Rio Grande do Sul desde a metade da semana passada, mas deve se prolongar por um “extenso período”.

Os próximos dias devem ser marcados por temperaturas altas e acima das médias históricas, caracterizando calor excessivo em diversas regiões gaúchas. A Argentina completa mais de dez dias seguidos com marcas acima de 40ºC.

No domingo, 4, o Rio Grande do Sul enfrentou mais um dia de temperaturas muito altas com calor excessivo no oeste do Estado.

“Um combo de calorão, abafamento, chuva e temporais isolados. Foi o segundo dia consecutivo em que as máximas oficiais no Estado ficaram perto dos 40ºC em cidades mais a oeste do território gaúcho em jornada que foi marcada também pelo abafamento com o aumento das nuvens e chuva em diversas regiões” acrescentou a empresa de meteorologia.

De acordo com dados de estações oficiais, a máxima no domingo foi de 39,4ºC em Uruguaiana, conforme divulgou a MetSul.

No sábado, 3, por exemplo, o Rio Grande do Sul registrou as maiores temperaturas até agora durante a onda de calor. De acordo com dados de estações oficiais do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) levantados pela Metsul, as máximas mais altas foram registradas no oeste do Estado, com destaque para as seguintes cidades:

– Quaraí (39,8ºC);

– Uruguaiana (38,3ºC);

– Alegrete (37,3ºC);

– São Luiz Gonzaga (37,1ºC);

– São Borja (36,5ºC).

Conforme o Inmet, o calor foi forte também em cidades localizadas na região central do Estado, na Grande Porto Alegre e nos vales. As estações oficiais indicaram máximas de 36,2ºC em Santa Maria; 36,1ºC em Campo Bom; e 36ºC em Rio Pardo. Em Porto Alegre, a máxima chegou a 35ºC. Cidades no Centro-Oeste também devem ser afetadas.

“O Rio Grande do Sul está sob efeito de uma grande massa de ar quente que cobre a Argentina com domo de calor no país vizinho, o que faz com que a temperatura em várias províncias argentinas supere os 40ºC dia após dia. A Argentina completa mais de dez dias seguidos com marcas acima de 40ºC”, afirma a MetSul.

Como ficam os próximos dias?

A perspectiva é de calor a semana inteira no Rio Grande do Sul, de acordo com o prognóstico da MetSul. A segunda metade desta semana e o período inicial do carnaval devem ter dias de calor muito intenso e, em algumas localidades, até extremo.

Os dias mais quentes tendem a ser a sexta e o sábado, quando as máximas próximas ou acima de 40ºC devem ser observadas em grande número de municípios (inclusive Porto Alegre e a região metropolitana), mas já nos dias anteriores se espera muito calor com máximas acima de 35ºC em diversas cidades, em especial da região oeste do Estado.

O que é o ‘domo de calor’?

O “domo de calor”, também conhecido como bolha de calor, ocorre quando uma área de alta pressão permanece sobre a mesma região por dias ou até semanas, prendendo ar muito quente por baixo.

As massas de ar quente se expandem verticalmente na atmosfera, criando uma cúpula de alta pressão que desvia os sistemas meteorológicos – como frentes frias – ao seu redor.

À medida que o sistema de alta pressão se instala em determinada região, o ar abaixo aquece a atmosfera e dissipa a cobertura de nuvens. O alto ângulo do sol de verão combinado com o céu claro ou de poucas nuvens aquece ainda mais o solo.

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  • Data: 05/02/2024 10:02
  • Alterado:05/02/2024 10:02
  • Autor: Redação
  • Fonte: Estadão Conteúdo









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