Marcola é transferido para presídio federal em Brasília

O líder do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, e outros três integrantes da facção que estavam detidos em um presídio federal em Porto Velho (RO), estão sendo transferidos na manhã desta sexta-feira, 22, para um outro presídio de segurança máxima, também federal, de Brasília. Os outros transferidos são Claudio Barbara da Silva, Patric Velinton Salomão e Pedro Luiz da Silva.

Marcola e os outros presos estavam na penitenciária federal de Porto Velho desde 13 de fevereiro. A previsão de chegada dos presos à Brasília é às 14h.

A transferência é feita pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. A ação envolve agentes do Departamento de Penitenciário Nacional (Depen) e do Comando de Operações Táticas da Policial Federal (COT/PF) . O deslocamento é feito pela Força Aérea Brasileira.

De acordo com o Ministério da Justiça, a ação é parte dos protocolos de segurança pública relativa à alternância de abrigo dos detentos de alta periculosidade ou integrantes de organizações criminosas, entre as unidades prisionais federais. A medida, segundo o ministério, é estratégica para o isolamento de lideranças e fundamental para o enfrentamento e o desmonte de organizações criminosas.

O ministro Sérgio Moro ligou para o governador do Distrito Federal, Ibanez Rocha (MDB), para informar a transferência. Como medida para reforçar a segurança, a Força Nacional reforçará a proteção do perímetro das áreas que contornam a Penitenciária Federal de Brasília.

PRIMEIRA TRANSFERÊNCIA DE PRESOS
A primeira operação de transferência de 22 membros da cúpula do PCC do presídio de Presidente Venceslau (SP) para unidades federais ocorreu no dia 13 de fevereiro.

Os presos foram levados para unidades em Mossoró (RN), Brasília e Porto Velho (RO). Em São Paulo, a PM chegou a bloquear estradas e até caminhão do Corpo de Bombeiros acompanhou a transferência. No Estado, mais de 100 mil policiais militares ficaram em estado de alerta.

Na ocasião, governo federal soltou um decreto específico autorizando o uso das Forças Armadas em Mossoró e Porto Velho para garantir a segurança dos presídios.