Maia defende construção de convergência entre propostas de reforma tributária
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, defendeu. que é preciso primeiro diminuir o tamanho do Estado brasileiro, para poder se discutir uma redução da carga tributária no País
- Data: 30/08/2019 14:08
- Alterado: 30/08/2019 14:08
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi eleito para presidente da comissão especial da Reforma Política durante reunião de instalação da comissão (Luis Macedo/Câmara dos Deputados)
Crédito:Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Para ele, deveria se fazer reformas administrativas para os três poderes, e conseguir avançar em propostas do pacto federativo
Maia afirmou que tentará construir uma convergência entre as propostas de reforma tributária que tramitam na Câmara e no Senado, “independentemente de quem aprová-la primeiro”.
“No Brasil, 94% das despesas são obrigatórias, não posso reduzi-las da noite para o dia, então preciso arrecadar o valor para cumpri-las. E como a gente reduz carga tributária? Reduzindo o tamanho do Estado. (…) É importante fazer a reforma administrativa. O custo do serviço público hoje é 67% mais caro do servidor do que seu equivalente no setor privado hoje. (…) O outro tema que vai ajudar no médio prazo a reduzir a carga tributária é que o governo consiga aprovar o pacto federativo na linha do que fala o ministro (da Economia) Paulo Guedes de desindexar o orçamento”, explicou Maia.
Para ele, sem as reformas que tratam das despesas do Estado, “não adianta prometer que vai reduzir carga tributária”, disse.
Maia afirmou, no entanto, que a simplificação tributária vai gerar crescimento econômico.
Reforma administrativa
Sobre a reforma administrativa, Maia afirmou que já iniciou a da Câmara e aguarda o envio das propostas do governo federal e do Judiciário. “O estímulo para chegar no topo da carreira não existe e vai voltar a precisar existir nos três Poderes. Até que a gente possa volta a tratar de produtividade do setor público. Ninguém trata nem de produtividade e nem de eficiência”, disse.