Lula dispara na corrida eleitoral de 2026
Pesquisa aponta vantagem do petista sobre candidatos pró-Bolsonaro
- Data: 12/11/2024 13:11
- Alterado: 12/11/2024 18:11
- Autor: Redação
- Fonte: Estadão
Presidente Lula (PT)
Crédito:Ricardo Stuckert/PR
Em pesquisa divulgada nesta terça-feira, 12, pela CNT/MDA, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece na liderança das intenções de voto para as eleições presidenciais de 2026, superando potenciais candidatos da direita.
Cenários
A sondagem incluiu três cenários específicos. No primeiro cenário, Lula enfrenta Jair Bolsonaro, Pablo Marçal, Simone Tebet e Ciro Gomes. O atual presidente obteve 35,2% das intenções de voto, enquanto o ex-presidente Bolsonaro atingiu 32,2%. O influenciador digital Marçal registrou 8,4%, seguido por Tebet com 8% e Ciro Gomes com 6,2%.
No segundo cenário analisado, considerando a inelegibilidade de Bolsonaro, Michelle Bolsonaro assume sua posição. Neste contexto, Lula mantém a liderança com 34,1%, enquanto a ex-primeira-dama aparece em segundo lugar com 20,5%. Marçal ascende para 14,1%, capturando parte dos apoiadores de Bolsonaro. Ciro Gomes e Tebet alcançam 9,3% e 9,2%, respectivamente.
O terceiro cenário coloca Tarcísio de Freitas como representante do grupo bolsonarista. Novamente, Lula lidera com 35,2%, seguido por Marçal que obtém 16,9%, consolidando mais apoio entre os eleitores tradicionais de Bolsonaro. Tarcísio de Freitas registra 15%, enquanto Tebet e Ciro Gomes têm desempenho similar com 9,5% e 9,4%.
Os dados refletem a dificuldade de Tarcísio em conquistar totalmente o eleitorado bolsonarista e indicam uma crescente presença de Marçal nesse segmento. Simultaneamente, a firmeza do apoio a Lula sugere um cenário favorável à sua possível candidatura à reeleição, mesmo após sua promessa anterior de não buscar outro mandato.
Queda de Popularidade
A pesquisa também aponta uma queda na popularidade do governo Lula em comparação com sua administração anterior. Em maio deste ano, 43,3% dos entrevistados consideravam seu governo superior ao de Bolsonaro; essa porcentagem caiu para 41,1% atualmente. Em contrapartida, aqueles que avaliam negativamente o governo subiram de 32,4% para 36,2%.
Notavelmente, o número de eleitores que se identificam como de direita aumentou significativamente para 39,2%, ante os 30,8% registrados em maio. Esse crescimento sinaliza uma preocupação para Lula e aliados centristas. Enquanto isso, a identificação com a esquerda teve um aumento modesto de 17% para 19,5%.
A pesquisa foi conduzida entre os dias 7 e 10 de novembro deste ano. Com uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou menos e um índice de confiança de 95%, a coleta dos dados ocorreu presencialmente.