Lava Jato abre ação penal contra Walter Faria e mais 21 por lavagem de R$ 1,1 bi

Juiz de Curitiba abriu ação penal contra Walter Faria e 21 investigados que mantêm ligações com o Grupo Petrópolis, a Odebrecht e Antígua Overseas Bank por 642 atos de lavagem de dinheiro

  • Data: 28/02/2020 15:02
  • Alterado: 28/02/2020 15:02
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Lava Jato abre ação penal contra Walter Faria e mais 21 por lavagem de R$ 1,1 bi

O esquema teria movimentado

Crédito:Reprodução

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O esquema teria movimentado, entre 2006 e 2014, cerca de R$ 1,1 bilhão em valores atualizados. O juiz Luiz Antonio Bonat, da 13ª Vara Federal de Curitiba, não acolheu a denúncia contra Nelson de Oliveira. A decisão foi tomada na quarta-feira, dia 26.

A denúncia foi oferecida pela Lava Jato em Curitiba em 13 de dezembro de 2019. A peça é resultado da 62ª fase da operação, denominada “Rock City”, deflagrada em 31 de julho do mesmo ano, para apurar o envolvimento de executivos do grupo Petrópolis na lavagem de dinheiro desviado pela Odebrecht de contratos com a Petrobras.

A denúncia foi rejeitada em prol de Nelson de Oliveira, parcialmente aceita em face de Wladimir Teles de Oliveira e de Marcio Roberto Alves do Nascimento e totalmente aceita em relação aos outros 20 denunciados. Os acusados têm dez dias para apresentar defesa no processo.

O caso

As investigações apontam que Faria, do Grupo Petrópolis, “atuou em larga escala na lavagem de ativos e desempenhou substancial papel como grande operador do pagamento de propinas”. Ele também teria “atuado no pagamento de subornos decorrentes do contrato da sonda Petrobras 10.000”.

Em contrapartida, Faria teria recebido “altas somas no exterior e uma série de negócios jurídicos fraudulentos no Brasil”, diz o Ministério Público Federal.

A Lava Jato acusa a Odebrecht de repassar o dinheiro ilícito diretamente a contas no exterior relacionadas à empreiteira e ao grupo Petrópolis. Para isso, teria usado “camadas de contas estrangeiras em nome de diferentes offshores”.

A Procuradoria diz. “Essa estratégia envolveu também a utilização de complexa estrutura financeira de contas no exterior relacionadas às atividades do grupo Petrópolis. De acordo com documentação encaminhada pela Suíça, foram identificadas 38 offshores distintas com contas bancárias no EFG Bank de Lugano, controladas por Faria. Mais da metade dessas contas permaneciam ativas até setembro de 2018.”

A Procuradoria pedia a abertura de ação contra Nelson de Oliveira. Ele seria o representante da conta Headliner Limited, cujo beneficiário econômico seria Walter Faria. A conta teria recebido valores para benefício de Walter Faria entre 30 de outubro de 2007 e 1º de setembro de 2008.

Mas a defesa apresentou documentos que comprovam a desvinculação de Oliveira da conta em abril de 2006. Assim, o magistrado federal não abriu ação contra ele.

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  • Data: 28/02/2020 03:02
  • Alterado:28/02/2020 15:02
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo









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