Israel aprova cessar-fogo de dois meses com o Hezbollah
Impacto humano e resistência interna desafiam acordo mediado pelos EUA.
- Data: 26/11/2024 19:11
- Alterado: 26/11/2024 19:11
- Autor: redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:IBRAHIM AMRO / AFP
Nos últimos dias, um novo capítulo surgiu no cenário geopolítico do Oriente Médio. O governo de Israel, liderado pelo primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, anunciou um cessar-fogo com o grupo libanês Hezbollah, mediado pelos Estados Unidos. Este acordo, que deverá durar pelo menos dois meses, ocorre em meio a intensos confrontos entre as partes, com os ataques mais violentos até então resultando em 23 mortes no Líbano.
Netanyahu enfatizou a necessidade do cessar-fogo para reforçar as forças armadas israelenses e expressou sua disposição de retomar os ataques caso o Hezbollah viole o acordo. A decisão marca a segunda trégua desde o ataque do Hamas em outubro de 2023, que desencadeou uma guerra regional envolvendo múltiplas frentes.
A complexidade do conflito é evidenciada pela interligação das guerras em Gaza e no Líbano. O Hezbollah, abalado pela campanha militar israelense, aceitou parar seus ataques temporariamente para se reestruturar. Essa pausa oferece a Israel um alívio temporário enquanto tenta mitigar o custo elevado da campanha militar e lidar com a ameaça crescente do Irã.
Internacionalmente, o presidente americano Joe Biden e o presidente francês Emmanuel Macron destacaram a importância de implementar o acordo com cautela. No entanto, dentro de Israel, o acordo enfrenta resistência de figuras como Itamar Ben-Gvir, ministro da Segurança, que considera a trégua uma oportunidade perdida.
O impacto humano da guerra é severo, com milhares de mortes e deslocamentos forçados tanto no Líbano quanto em Israel. Com um histórico de acordos fracassados na região, o futuro deste cessar-fogo é incerto. Contudo, ele proporciona uma breve esperança para aqueles que anseiam por paz e estabilidade em meio ao caos.