Inspeção de rotina indica necessidade de testes adicionais
A Eletronuclear adiou o retorno da Usina Angra 2 ao Sistema Interligado Nacional para agosto, devido a uma oxidação nos revestimentos dos dutos com pastilhas de urânio enriquecido
- Data: 10/07/2020 19:07
- Alterado: 10/07/2020 19:07
- Autor: Redação
- Fonte: Agência Brasil
Ubina Angra2 precisa passar por testes para identificar causas de oxidação
Crédito:Divulgação/Eletrobras
As inspeções de rotina no combustível nuclear da usina identificaram o problema, realizadas durante a parada, indicaram a necessidade da realização de testes adicionais
A parada de reabastecimento de combustível de Angra 2, iniciada em 22 de junho, vai durar mais tempo do que o previsto originalmente pela Eletronuclear, devido à necessidade de uma nova avaliação. A cada reabastecimento, é substituído cerca de um terço do combustível do reator.
Os testes serão realizados pela empresa responsável pelo projeto da usina, e a Eletronuclear aguarda a chegada dos equipamentos necessários e dos técnicos estrangeiros à central nuclear já na próxima semana.
Os testes vão determinar as causas da oxidação e verificar a viabilidade da utilização desses elementos combustíveis por mais um ciclo operacional, conforme planejado.
Os resultados serão submetidos à análise do órgão licenciador, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen).
Segurança
A Eletronuclear informou que o incidente não comprometeu a segurança e o desempenho de Angra 2, que operou continuamente por 13 meses, tendo inclusive batido seu próprio recorde de produção no último dia 19, com a marca de 200 milhões de megawatt-hora (MWH) gerados desde 2001.
De acordo com a Eletronuclear, “esta parada de reabastecimento em andamento é o maior trabalho de manutenção realizado no país durante a pandemia da covid-19 e tem transcorrido normalmente graças às medidas preventivas adotaas pela empresa”.