Iniciativa vai combater o desperdício de alimentos nas escolas de Diadema

Projeto “Barriguinha Cheia, Desperdício Zero” visa promover a conscientização no combate ao desperdício de alimentos em toda a rede municipal de ensino

  • Data: 13/05/2024 14:05
  • Alterado: 13/05/2024 14:05
  • Autor: Redação
  • Fonte: PMD
Iniciativa vai combater o desperdício de alimentos nas escolas de Diadema

Crédito: Dino Santos

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Foi lançado, na tarde da última sexta feira (10/05), o projeto “Barriguinha Cheia, Desperdício Zero”. Como o próprio nome diz, a iniciativa, que faz parte do Projeto Político Pedagógico Participativo (PPPP) e vai durar o ano todo, vai envolver todas as escolas da rede municipal de ensino da cidade e visa combater o desperdício de alimentos e promover a alimentação saudável por meio da conscientização de toda a comunidade escolar.

O projeto está sendo executado em parceria com a Secretaria de Segurança Alimentar e vai envolver as crianças, funcionários das escolas, professores, coordenadores, diretoras e o Conselho de Alimentação Escolar. A conscientização será feita por meio de rodas de conversa sobre o tema, envolvimento dos responsáveis e da comunidade, sensibilização das crianças sobre a importância de experimentar os alimentos, orientação dos agentes de cozinha para fazer o porcionamento adequado de cada alimento e incentivo às escolas para desenvolver atividades relacionadas ao tema.

O controle do desperdício será feito pelos agentes de cozinha e pelos próprios estudantes, por meio de pesagem dos restos de alimentos deixados nos pratos e também das chamadas sobras limpas, que ficam nas panelas. Segundo Vanessa Garcia, chefe da divisão de Alimentação Escolar, essa atividade pode inclusive ser usada por professores para ajudar na compreensão de algumas matérias, por meio do cálculo das quantidades, a história de como os alimentos são produzidos, os benefícios nutricionais de cada um, entre outras. “As crianças receberão também orientações sobre leitura de rótulos, valor nutricional e ações para aumentar a aceitabilidade de certos alimentos.”

Para a secretária de Educação, Ana Lucia Sanches, é importante ampliar a conscientização da alimentação saudável juntamente com o combate ao desperdício. “A participação dos responsáveis, professores e funcionários é fundamental para as crianças entenderem a importância desse projeto, que é uma construção coletiva.” A vice-prefeita, Patty Ferreira, acrescentou: “a participação das crianças e também do Conselho de Alimentação Escolar vai trazer diferentes visões e nos ajudar a enxergar quais ações são necessárias para combater o desperdício”.

A secretária de Segurança Alimentar, Luci Uliana, explicou que, para garantir uma alimentação saudável e sem desperdício para todos, é preciso olhar para todas as fases do processo: produção, transporte, distribuição, comercialização, armazenagem, preparo, descarte, porque as ações não podem ser isoladas. “O Brasil é um dos países que mais desperdiça alimentos. Hoje nós temos hortas em várias escolas e, cuidando dessas hortas, os estudantes entendem como funciona todo a cadeia de produção. Isso desenvolve nelas uma consciência a respeito do assunto, e elas levam isso para casa, compartilham com os familiares.” Números da Organização das Nações Unidas (ONU) mostram que cerca de 30% da produção mundial de alimentos é perdida. No Brasil, cada habitante joga no lixo, em média, 41 kg de alimentos por ano.

Bons exemplos

Durante o lançamento do projeto, algumas escolas compartilharam suas experiências. Como a EMEB Dr. José Martins da Silva, que melhorou a apresentação dos pratos e reduziu drasticamente o desperdício de comida entre os estudantes; a EMEB Cora Coralina, que evita o desperdício por meio do controle do número de estudantes, porcionamento adequado e verificação da aceitação dos alimentos; e da EMEB Cândido Portinari, que levou os conselhos curumins para conhecer a cozinha, ver como os alimentos são recebidos, guardados e preparados e como o cardápio é definido.

A agente de cozinha Adriana Valéria de Oliveira, da EMEB Anita Malfatti, acredita que o projeto vai dar resultado: “em nossa escola o sistema é de self-service, então procuramos orientar as crianças para colocar a quantidade adequada no prato, sem exagero. Acho também que a ajuda dos professores na conscientização é fundamental”. Bárbara Freitas de Carvalho, agente de cozinha na EMEB Luiz Gonzaga, também acredita que a pesagem e o registro das sobras vão ajudar. “Em nossa escola, nós é que servimos os estudantes, então tem que ter bom senso, observar e ver que nem todas as crianças gostam de todos os alimentos. É melhor colocar uma quantidade um pouco menor e dizer pra elas que podem repetir, se quiserem.”

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  • Data: 13/05/2024 02:05
  • Alterado:13/05/2024 14:05
  • Autor: Redação
  • Fonte: PMD









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