Inflação dos aluguéis desacelera para 0,27 em janeiro

Entenda os impactos nos preços e na economia

  • Data: 30/01/2025 12:01
  • Alterado: 30/01/2025 12:01
  • Autor: Redação
  • Fonte: Assessoria
Inflação dos aluguéis desacelera para 0,27 em janeiro

Prédios

Crédito:André Borges - Agência Brasília

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Em janeiro de 2025, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que é amplamente utilizado como referência para reajustes de aluguel, apresentou uma variação de 0,27%. Este resultado indica uma desaceleração em comparação com o mês anterior, dezembro de 2024, quando o índice teve um crescimento de 0,94%. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação do aluguel alcançou um aumento total de 6,75%. Para o mesmo período em janeiro de 2024, o IGP-M havia subido apenas 0,07%, com uma queda acumulada de 3,32% em doze meses. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) nesta quinta-feira (30).

André Braz, economista do Ibre/FGV, explica que a desaceleração observada na inflação ao produtor foi influenciada pela diminuição dos preços da soja e das carnes bovina e suína. Embora a inflação no varejo tenha se mantido controlada, devido ao aumento nos preços dos alimentos ser compensado pela queda nas tarifas de energia, a construção civil vivenciou uma pressão inflacionária devido aos reajustes salariais dentro do setor.

No que diz respeito ao Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), a taxa sofreu uma redução significativa para 0,24% em janeiro, em contraste com os 1,21% registrados em dezembro. O segmento de Bens Finais apresentou uma leve queda para 0,79% em janeiro após registrar 0,83% no mês anterior. Excluindo-se os subgrupos de alimentos in natura e combustíveis destinados ao consumo, esse mesmo índice caiu de 1,20% para 0,71% entre dezembro e janeiro.

O grupo referente a Bens Intermediários teve uma alta expressiva de 1,26% em janeiro, superando a taxa registrada no mês anterior que foi de 0,47%. Considerando o subgrupo que exclui combustíveis e lubrificantes para produção, a alta foi ainda maior: passou de 0,46% em dezembro para 1,20% em janeiro. Em contrapartida, as Matérias-Primas Brutas apresentaram um recuo significativo de 0,75%, revertendo o aumento anterior de 2,35% observado em dezembro.

Adicionalmente, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve uma leve aceleração em janeiro com um crescimento de 0,14%, ligeiramente acima dos 0,12% registrados no mês anterior. Dentre as oito classes que compõem o IPC, cinco mostraram aumento nas suas taxas: Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,20% para 0,57%), Alimentação (de 1,09% para 1,31%), Vestuário (de -0,11% para 0,63%), Transportes (de 0,30% para 0,44%) e Educação, Leitura e Recreação (de -0,02% para 0,15%). Por outro lado, os grupos Habitação (-1,08% para -1,65%), Despesas Diversas (de 0,85% para 0,29%) e Comunicação (de 0,06% para -0,03%) apresentaram quedas nas suas respectivas taxas.

No setor da construção civil também se registrou um aumento no Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que atingiu uma taxa de crescimento de 0,71%, superior à registrada em dezembro que foi de 0,51%. Neste segmento específico: Materiais e Equipamentos tiveram uma leve queda nos preços passando de -0,57% para -0,43%; Serviços variaram de -0,25% para +0,41%; e Mão de Obra avançou consideravelmente de 0,53% para 1,13%.

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  • Data: 30/01/2025 12:01
  • Alterado:30/01/2025 12:01
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