IMT trabalha na produção de máscaras faciais e ventiladores mecânicos

Inspirados em projetos do exterior, em breve os produtos poderão estar disponíveis aos hospitais brasileiros

  • Data: 31/03/2020 17:03
  • Alterado: 31/03/2020 17:03
  • Autor: Redação
  • Fonte: Instituto Mauá de Tecnologia
IMT trabalha na produção de máscaras faciais e ventiladores mecânicos

Crédito:Natalia Chaves Freitas

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O Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) se mobilizou para ajudar a sociedade, colocando à disposição sua infraestrutura e seus profissionais no desenvolvimento e produção de máscaras de proteção faciais e ventiladores mecânicos eficazes e de baixo custo.

De acordo com o Engenheiro José Roberto Augusto de Campos, Diretor do Centro de Pesquisas do IMT, a instituição consegue produzir aproximadamente cinquenta máscaras por dia, extremamente importantes e necessárias para os profissionais de saúde que estão na linha de frente no combate ao novo coronavírus (covid-19).

“Inspirado num projeto americano, nossos alunos, ex-alunos e colaboradores estão trabalhando ininterruptamente na produção das máscaras, que são de baixo custo porque não há intermediários, ou seja, a matéria-prima é nossa. Utilizamos máquinas de corte a laser e, na parte da frente, polímero de alta qualidade, muito eficaz para evitar a propagação e contágio de doenças transmissíveis pela saliva e fluidos”, descreve.

As máscaras serão enviadas, gratuitamente, às prefeituras de São Caetano, São Bernardo do Campo e Santo André, que farão a distribuição aos hospitais mais necessitados da região, além do Hospital das Clínicas.

Escassez de ventilador mecânico

O principal efeito do covid-19 é a insuficiência respiratória. Os alvéolos pulmonares deixam de fazer as trocas gasosas — o oxigênio mal entra, o gás carbônico mal sai. E quando se chega a esse ponto, a alternativa é buscar um hospital para que os médicos façam alguma coisa — ou melhor, especificamente para que eles deem o suporte de uma ventilação mecânica.

No entanto, com mais de 4 mil casos confirmados, estima-se que, em breve, vai faltar ventilador mecânico no Brasil, assim como acontece na Itália e Estados Unidos.

Revestido de solidariedade e disposto a ajudar de forma voluntária, o Engenheiro e ex-aluno do IMT, Marco Veiga, apresentou ao também engenheiro e responsável pelo FabLab Mauá, Rodrigo Mangoni Nicola, um protótipo de ventilador mecânico de baixo custo.

“A ideia inicial veio da Europa. Mas, o aperfeiçoamento e desenvolvimento, totalmente nacional, foi feito pelos alunos do FabLab Mauá. A comunidade médica de Santo André já aprovou o segundo protótipo. Porém, ele só pode ser utilizado em caso de extrema necessidade e colapso do sistema de saúde, com a devida autorização e aprovação das autoridades competentes, como a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)”, diz Nicola.

Parceria

Para a produção do ventilador em larga escala acontecer, o IMT está negociando parcerias com as montadoras da região. “Temos as mentes pensantes, mas não estrutura para produzir ventiladores mecânicos em grande quantidade. Vamos aguardar a conclusão das próximas etapas junto aos órgãos competentes e, havendo a aprovação e necessidade, estaremos prontos para fornecer ventiladores. Enquanto isso, vamos continuar trabalhando ”, explica Nicola.

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