IC Play estreia novos episódios da série Trajetórias sobre a cantora Cátia França e o gestor cultural Danilo Santos de Miranda
Com direção de Murilo Alvesso, a série traz minidocumentários sobre a vida e carreia personalidades brasileiras importantes para a arte e cultura do país
- Data: 22/09/2023 11:09
- Alterado: 22/09/2023 11:09
- Autor: Redação
- Fonte: Itaú Cultural
Cátia França
Crédito:Divulgação
Dois novos minidocumentários da segunda temporada da série Trajetórias chegam à Itaú Cultural Play, nesta sexta-feira, 22 de setembro. Os episódios 5 e 6 trazem mais detalhes sobre a vida e carreira da cantora, compositora e multi-instrumentista Cátia de França e de Danilo Santos Miranda, um dos grandes nomes da cultura contemporânea no Brasil e diretor regional do Sesc São Paulo, respectivamente.
Já estão disponíveis na IC Play os episódios sobre a poeta Leda Maria, a atriz Léa Garcia, o grupo teatral Ói Nóis Aqui Traveiz e a fotógrafa Cláudia Andujar. Até o dia 6 de outubro, sempre às sextas-feiras, estreiam dois novos episódios sobre personalidades brasileiras importantes para as artes e a cultura do país e vencedoras do Prêmio Milú Villela – Itaú Cultural 35 anos, que ocorreu no ano passado.
Dirigida por Murilo Alvesso, a série pode ser acessada gratuitamente via site www.itauculturalplay.com.br e dispositivos móveis Android e IOS.
Múltiplos talentos
Pernambucana, Catarina Maria de França Carneiro (1947), mais conhecida como Cátia de França é uma cantora, compositora, escritora e multi-instrumentista brasileira. Sua relação com a música começou cedo tendo contato com piano, viola, sanfona e outros instrumentos no decorrer da sua infância e adolescência.
Filha de Adélia de França, primeira professora negra da Paraíba, foi alfabetizada por ela e sempre esteve imersa na literatura e na arte das palavras. É nessa relação com os livros que Cátia encontra suas referências para suas criações musicais, como em seu primeiro trabalho 20 Palavras ao Redor do Sol, de 1979, que conta com a participação de grandes artistas como Sivuca, Dominguinhos, Sérgio Boré, Chico Batera, Lulu Santos e Bezerra da Silva.
Apesar de ganhar notoriedade junto a outros cantores nordestinos que conquistam projeção no mercado fonográfico do eixo Rio-São Paulo nos anos 70, como Elba Ramalho, Alceu Valença e Fagner, a cantora não se rendeu às imposições da indústria da música e seguiu com seu trabalho autêntico e singular.
Ativa aos 76 anos, Cátia de França se destaca pelas parcerias e colaborações, além do diálogo com a literatura brasileira nas letras de suas canções e, ainda, por se tratar de uma mulher que compõe e executa as próprias músicas. A artista é vista também como símbolo de resistência e de luta contra o racismo e ao preconceito de gênero.
Altruísta confesso
Sem estar a frente do público, o carioca Danilo Santos de Miranda, hoje com 80 anos, é um dos principais nomes da cultura e das artes contemporâneas no Brasil. Diretor regional do Sesc São Paulo desde 1984, contribui para que mais de 500 mil pessoas tenham acesso à cultura semanalmente nas 49 unidades da instituição no estado.
Desde criança esteve imerso ao universo das expressões artísticas e após prestar concurso para ao Sesc, depois de desistir dos estudos para ser jesuíta aos 23 anos, ele encontra na gestão cultural uma possibilidade de exercer seu altruísmo e contribuir para a evolução e transformação na vida das pessoas.
Inspirado por Mário de Andrade (1893-1945), Danilo traz seus preceitos para sua administração, que une prática esportiva e fruição artística. Para ele, o afastamento de instituições de ensino da produção cultural dificulta que as pessoas vivenciem uma experiência completa com a arte e a cultura.
Dentre as principais ações de sua gestão no Sesc SP estão a expansão das plataformas digitais, com o lançamento da Sesc TV em 1996 e a criação do Centro de Pesquisa e Formação (CPF), para a profissionalização de gestores culturais. Além disso, contribuiu para a expansão das unidades do Sesc a outras 23 cidades.
Paralelamente à atuação no Sesc, profere conferências e atua como conselheiro em instituições como o Instituto Itaú Cultural, o Museu de Arte Moderna de São Paulo e o Movimento Nossa São Paulo. Em 2004, é eleito presidente do Comitê Diretor do Fórum Cultural Mundial. Torna-se, em 2008, vice-presidente do Conselho Internacional de Bem-Estar Social e, em 2009, presidente do comissariado brasileiro do Ano da França no Brasil. Por estas atividades, recebe homenagens como a de Comendador da Ordem Nacional do Mérito do governo francês, Oficial de Artes e Letras da França, a Grande Cruz do governo alemão.
A série
Trajetórias estreou sua primeira temporada na Itaú Cultural Play em junho de 2022. Com produção do IC e sob direção de Tobias Rodil, estre primeiro recorte abordou temas como arte-educação, artes visuais, música, dança, patrimônio, meio ambiente, questões raciais, movimentos sociais e desenvolvimento sustentável.
As entrevistas foram realizadas com personagens que protagonizam, defendem e discutem a cultura brasileira. São elas o xamã e líder político ianomâmi Davi Kopenawa, a coreógrafa Lia Rodrigues, a filósofa Sueli Carneiro, a ativista Eliana Souza Silva, o músico Hermeto Pascoal e a educadora Ana Mae Barbosa.
Agora em 2023, a segunda temporada reúne os contemplados do Prêmio Milú Villela – Itaú Cultural 35 anos. Os 10 novos episódios, que estarão todos no ar até o início de outubro, trazem entrevistas com a poeta carioca Leda Maria Martins, da atriz também carioca Léa Garcia, a fotógrafa suíça Claudia Andujar, o grupo gaúcho Ói Nóis Aqui Traveiz, a cantora paraibana Cátia de França, o gestor cultural carioca Danilo Santos Miranda, o pensador quilombola piauiense Nego Bispo, a pesquisadora de dança Inaycira Falcão, o líder indígena Marcos Terena, de Mato Grosso do Sul, e a designer e ativista LGBTQIAPN+ mineira Neon Cunha (seguem, abaixo, as datas de estreia).
SERVIÇO:
Série Trajetórias – segunda temporada
Produção: Itaú Cultural. Direção: Murilo Alvesso
Na Itaú Cultural Play www.itauculturalplay.com.br