Helena Ranaldi e Martha Meola sobem ao palco do Itaú Cultural com a estreia da peça Por trás das Flores

No espetáculo, que tem direção de Marcelo Lazzaratto e texto de Samir Yazbek, em algum lugar entre o Líbano e o Brasil, duas mulheres fazem um acerto de contas, investigando questões ligadas à sua ancestralidade e ao seu futuro.

  • Data: 09/09/2024 13:09
  • Alterado: 09/09/2024 13:09
  • Autor: Redação
  • Fonte: Itaú Cultural
Helena Ranaldi e Martha Meola sobem ao palco do Itaú Cultural com a estreia da peça Por trás das Flores

Por trás das Flores

Crédito:Camila Rios

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O Itaú Cultural apresenta de 12 a 22 de setembro (sempre de quinta-feira a domingo) a estreia da peça Por trás das Flores, texto de Samir Yazbek, dirigido por Marcelo Lazzaratto e estrelada por Helena Ranaldi e Martha Meola. Após ter participado de programações de leituras online e presenciais no IC, o espetáculo volta agora para sua primeira apresentação no palco, que conta com cenário e a iluminação de Lazzaratto e figurinos de Juliana Bertolini.

As apresentações da peça são gratuitas, como toda a programação do Itaú Cultural. Os ingressos devem ser reservados sempre na quarta-feira da semana anterior à apresentação, a partir das 12h, na plataforma INTI, com acesso pelo site www.itaucultural.org.br. Quem não conseguir reservar o seu, pode comparecer ao Itaú Cultural no dia do evento e tentar possíveis ingressos remanescentes. A fila de espera começa a ser organizada uma hora antes do começo da atração, e os ingressos que tiverem desistência são distribuídos por ordem de chegada.

Por trás das Flores aborda, por meio de uma linguagem poética que ultrapassa o realismo, a relação entre uma Filha (Helena Ranaldi) e uma Mãe (Martha Meola). Localizada no Norte do Líbano, mas também na imaginação da Filha, a ação da peça acompanha a tentativa de a Mãe convencer a Filha a voltar para o Brasil e viver entre os seus.

Contrapondo tradição e modernidade, a história enfatiza as diferenças entre a cultura libanesa e a brasileira, além de revelar o abismo que separa o mundo de hoje daquele de meados do século XX, quando a Mãe migrou para o Brasil. O diálogo faz aflorar as subjetividades dessas duas mulheres tão próximas e tão distintas, numa relação que ressalta aspectos psicológicos, sociais e míticos.

Espetáculo

Segundo Marcelo Lazzaratto, o espetáculo apresenta como espaço único, em que ocorre a ação, um quarto de uma antiga casa no Líbano. A encenação optou por manter apenas três elementos essenciais para configurá-lo: um tapete, um baú e um vaso com uma muda de Cedro-do-Líbano. Essa opção sintética aposta no jogo entre as atrizes para configurar as paisagens libanesas, que é o anseio da Filha; o cotidiano no Brasil, que é o desejo da Mãe; e todas as outras imagens advindas de suas memórias.

Sobre o cenário, o diretor acrescenta: “Há um painel atrás composto por módulos que lembram teares, como se a trama neles gerada fosse o enredo de memórias da família, memórias que transcendem a vida vivida das personagens e acessam elementos de sua ancestralidade”.

Ao detalhar os conceitos da encenação, Lazzaratto considera que, “em uma abordagem psicanalítica, esse tapete intensamente iluminado, inserido em um palco como uma caixa preta, estabelece-se como sendo um espaço de consciência da personagem Filha que é visitada pela sua Mãe que surge do entorno do “tapete-consciência”, das latências de seu inconsciente”.

Para Samir Yazbek, o texto, inspirado em suas raízes libanesas, propõe “um mergulho na psique dessas duas mulheres que, apesar de suas diferenças geográficas e temporais, elaboram seus traumas, num acerto de contas que opera a partir de arquétipos familiares, mas que faz ressoar dilemas éticos e morais que refletem a encruzilhada das visões de mundo do Oriente e do Ocidente, tão presente na formação da sociedade brasileira”.

Nas palavras do diretor, o espetáculo, ao propor uma jornada desafiadora para as personagens, é “um rito de passagem da morte à vida”. Nesse sentido, por meio da referência ao Cedro, árvore milenar libanesa, Lazzaratto sintetiza: “Vida que se manifesta através de um broto de Cedro-do-Líbano no vaso disposto no canto da cena; árvore-símbolo daquele país que possui variados significados: na Bíblia, por exemplo, ele é mencionado frequentemente como um elemento de grandiosidade e bênçãos divinas, valores muito adequados às necessidades das personagens da peça. Mesmo que elas não lhes deem a devida atenção, o broto de Cedro está ali, crescendo, anunciando um amanhã renovado”.

Sinopse: Em algum lugar entre o Líbano e o Brasil, duas mulheres fazem um acerto de contas, investigando questões ligadas à sua ancestralidade e ao seu futuro.

SERVIÇO

Estreia do espetáculo Por trás das Flores

Com Helena Ranaldi e Martha Meola. Texto: Samir Yazbek. Direção: Marcelo Lazzaratto.

De 12 a 22 de setembro (sempre de quinta-feira a sábado, às 20h, e domingo, às 19h)

Na Sala Itaú Cultural (Piso Térreo)

Capacidade: 224 lugares

Duração: 80 minutos aproximadamente

Classificação Indicativa: não recomendado para menores de 12 anos [Violência]

Entrada gratuita. Reservas de ingressos na quarta-feira da semana anterior à apresentação, a partir das 12h, na plataforma INTI – acesso pelo site do Itaú Cultural www.itaucultural.org.br

Itaú Cultural

Avenida Paulista, 149, próximo à estação Brigadeiro do metrô

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  • Data: 09/09/2024 01:09
  • Alterado:09/09/2024 13:09
  • Autor: Redação
  • Fonte: Itaú Cultural









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