Grande ABC conta com serviço específico para pacientes de Parkinson
Estima-se que 1% da população mundial com mais de 65 anos sofra com o problema
- Data: 11/04/2022 15:04
- Alterado: 11/04/2022 15:04
- Autor: Redação
- Fonte: FMABC
Crédito:Divulgação
Nesta segunda-feira (11) é celebrado o Dia Mundial da Conscientização da Doença de Parkinson, data importante para discutir sobre a doença e sobre as possibilidades para que o paciente e sua família tenham uma melhor qualidade de vida. E a região do Grande ABC tem uma referência para a população no combate contra a doença: O ambulatório de distúrbios do movimento no Centro Universitário FMABC, em Santo André.
O serviço é prestado há mais de 15 anos, e funcionava dentro do ambulatório de Neurologia da instituição. Por conta do alto índice de pacientes com Doença de Parkinson foi vista a necessidade de se criar um ambulatório específico para a doença, que pode provocar lentidão nos movimentos, tremores, rigidez muscular, desequilíbrio e alterações na fala e na escrita.
O diagnóstico da doença de Parkinson é clínico, por meio da história do paciente e avaliação neurológica. É mais comum em idosos, com os primeiros sintomas geralmente a partir dos 50 anos. Estima-se que 1% da população mundial com mais de 65 anos sofra com o problema.
“Nós contamos aqui no ambulatório com uma abordagem multidisciplinar. Além do tratamento medicamentoso, é necessária a realização de fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, acompanhamento com nutricionista e em alguns casos com psicólogo, psiquiatra, urologista e cardiologista“, explica Margarete de Jesus Carvalho, neurologista e coordenadora do ambulatório.
O serviço funciona todas as quintas-feiras, e recebe cerca de 25 pacientes por dia. As vagas para atendimento são disponibilizadas pelos municípios da região do Grande ABC, que coordenam o encaminhamento dos pacientes através das unidades de saúde locais. “Costumamos receber muitos usuários que já estão em fase intermediária ou avançada, e até mesmo alguns que faziam tratamento em outros locais”, conta Margarete.
A neurologista explica ainda que o distúrbio não tem cura, mas com o tratamento adequado é possível fazer com que o paciente mantenha uma rotina ativa e que a progressão dos sintomas seja mais lenta.
“Temos diversos casos de pessoas que são atendidas no nosso ambulatório e que conseguem ter uma boa qualidade de vida apesar das limitações que o Parkinson provoca. É uma questão de acolher o paciente e definir a abordagem terapêutica e medicamentosa que trará resultados mais efetivos”, conclui Margarete.