Governo Lula mantém decreto polêmico sobre uso da força policial
Gerando divisão entre autoridades e acirrando debates sobre segurança pública.
- Data: 27/12/2024 19:12
- Alterado: 27/12/2024 19:12
- Autor: redação
- Fonte: Folhapress
Crédito:Valter Campanato/Agência Brasil
O governo Lula decidiu manter o decreto que regulamenta o uso da força pelas polícias, apesar das manifestações contrárias de governadores e secretários de segurança. O texto, que visa padronizar a política de segurança pública no Brasil, proíbe o uso de armas de fogo em situações onde não há risco imediato à vida dos policiais ou de terceiros.
Essa iniciativa surge após um grupo de trabalho formado pelo Ministério da Justiça, envolvendo representantes de diversas entidades de segurança.
As críticas ao decreto foram contundentes. Governadores como Ronaldo Caiado, de Goiás, e Claudio Castro, do Rio de Janeiro, expressaram sua insatisfação, alegando que as novas regras “pegaram à contramão” e poderiam encorajar a criminalidade. Caiado ainda classificou o decreto como uma forma de “chantagem”, afirmando que os estados que não seguirem as diretrizes perderão acesso a recursos essenciais para segurança pública. Castro complementou dizendo que agora as polícias estaduais terão que buscar autorização do governo federal para agir, o que considera inaceitável.
Por outro lado, o governo argumenta que o decreto não é uma imposição, mas sim uma tentativa de estabelecer diretrizes claras para o uso da força policial em todo o país. A condição para os repasses financeiros dos fundos de segurança pública está atrelada ao cumprimento dessas normas, destacando a intenção do governo em monitorar e financiar a implementação do decreto.
Em suma, a manutenção do decreto reflete um esforço do governo Lula para unificar as diretrizes de segurança pública no Brasil. Enquanto algumas autoridades veem isso como um passo positivo, outros alertam sobre possíveis consequências negativas nas operações policiais. O futuro das relações entre estados e a União dependerá da capacidade de diálogo e da busca por um equilíbrio entre segurança e direitos civis.