Governo do Estado testa para Covid 19 comunidade vulnerável em Santo André
Moradores que foram testados positivos recebem cesta básica, cobertor e kit de higiene e limpeza, são isolados e passam a ser monitorados pelas autoridades de saúde locais
- Data: 10/08/2020 19:08
- Alterado: 22/08/2023 22:08
- Autor: Redação
- Fonte: Secretaria da Habitação
Crédito:depositphotos
Santo André foi escolhida a segunda cidade a receber, entre hoje (10) e amanhã (11), na Praça da Cidadania, no Jardim Santo André, o Programa de Testagem e Combate ao COVID-19 voltado para áreas vulneráveis do Estado, uma parceria entre o Governo do Estado com o Instituto Butantan, Secretaria de Estado da Habitação, CDHU e as Secretarias Estaduais de Saúde, do Direito das Pessoas com Deficiência e Desenvolvimento Social, além do Fundo Social de São Paulo (FUSSP). O programa começou testando moradores da comunidade da Vila Jacuí, na zona leste de São Paulo, no final de julho. Acompanharam a testagem, que contou com o apoio da Prefeitura de Santo André, os secretários Flavio Amary (Habitação), Célia Parnes (Desenvolvimento Social), Célia Leão (Direitos da Pessoa com Deficiência) e a primeira dama Bia Doria, presidente do conselho do Fundo Social de São Paulo (FUSSP), o secretário executivo da Habitação, Fernando Marangoni, e o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas.
Durante os dois dias, 1.328 moradores do Jardim Santo André estão sendo testados em ações na Praça da Cidadania, dos quais 328 em pessoas com deficiência e cuidadores em suas residências. Testes rápidos e PCR são realizados para diagnosticar a população e, em parceria com as UBSs da região, atender, com todos os protocolos de segurança, os moradores positivados. Todos eles serão monitorados, bem como seus familiares, que também serão convidados a fazer o teste na UBS.
“O grande propósito do programa é identificar, diagnosticar e isolar casos positivos em regiões georreferenciadas pela Secretaria da Habitação, para evitar a disseminação da COVID-19 em áreas mais vulneráveis do Estado”, afirmou o secretário executivo da Habitação, Fernando Marangoni, coordenador do programa de testagem.
Dimas Covas destacou também o alcance desse programa: “Nosso objetivo com essas ações é realizar testagem em massa, levar orientações médicas e disponibilizar o que for preciso para apoiar os moradores dessas comunidades. É uma iniciativa muito importante, porque as populações que estão mais distantes dos grandes centros urbanos têm problemas muito próprios, onde o isolamento e o distanciamento social são difíceis. Quando a infecção chega nesses locais, se espalha muito rapidamente”, explica o diretor do Instituto Butantan.
Segundo Célia Parnes, “temos acompanhado constantemente os desdobramentos da pandemia na região do ABC, também por se tratar de uma área de grande adensamento populacional. E com mais esta ação, aqui em Santo André, reforçamos o compromisso do Governo do Estado de São Paulo com a proteção social dos que mais precisam”, afirmou a titular da pasta do Desenvolvimento Social.
Para Bia Doria, “essa ação humanitária de testagem e distribuição de cestas básicas, kits de higiene e cobertores é fundamental! É muito importante contarmos com a solidariedade de todos para podermos dar um pouco de conforto àqueles que hoje estão precisando da nossa ajuda.”, ressalta.
Cestas básicas
Os moradores que testarem positivo recebem voucher para retirar cesta básica, cobertor e kit de higiene e limpeza no escritório local da CDHU. A entrega de 500 kits de higiene e limpeza, 500 cestas básicas e 800 cobertores foi feita nesta tarde pela primeira-dama Bia Doria em parceria com a secretária Célia Parnes. Todo o material foi doado pelo FUSSP.
MAPA
A identificação das áreas vulneráveis, como o Jardim Santo André, ocorreu com base no Mapa de Comportamento da COVID-19, uma ferramenta de georreferenciamento criada pela Secretaria de Habitação e que, a partir do cruzamento de dados socioeconômicos, epidemiológicos e territoriais, orientou e planejou essa testagem. O programa identifica, com precisão, a incidência do vírus sobre as áreas mais carentes e vulneráveis, como loteamentos irregulares, cortiços, favelas, comunidades indígenas e quilombolas.