Governador de SP admite erros em segurança
Debate conta com ministros e foca em reformas urgentes no setor.
- Data: 07/12/2024 00:12
- Alterado: 07/12/2024 00:12
- Autor: redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:Divulgação
Em meio a uma crise de violência policial em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas reconheceu erros na política de segurança do estado. Durante o evento “Os Desafios da Segurança Pública no Brasil: Perspectivas Jurídicas e Institucionais”, realizado no IDP em São Paulo, Tarcísio destacou que as soluções tradicionais, como aumento de efetivo e investimentos em tecnologia, podem ser insuficientes para enfrentar os desafios atuais.
O governador admitiu que o discurso governamental influencia a conduta das forças policiais, ressaltando a necessidade de reavaliar essa abordagem. Ele também expressou arrependimento por sua oposição anterior ao uso de câmeras corporais pelos policiais, reconhecendo agora que elas podem ser ferramentas valiosas tanto para proteção legal dos agentes quanto para evitar abusos.
A presença de figuras influentes como o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o ministro do STF, Gilmar Mendes, reforçou a importância do debate sobre segurança pública. Lewandowski mencionou que o governo Lula está preparando novas diretrizes para as forças de segurança, priorizando o uso de armas não letais e promovendo prisões em vez de confrontos letais.
A discussão também abordou a PEC da segurança, que visa incluir o Sistema Único de Segurança Pública (Susp) na Constituição, garantindo recursos contínuos similares aos da saúde e educação. Essa proposta busca estruturar melhor a segurança pública no Brasil, oferecendo um modelo mais sustentável e eficaz.
Em conclusão, os desafios enfrentados pela segurança pública em São Paulo refletem uma necessidade urgente de inovação e reforma nas políticas atuais. O reconhecimento dos erros pelo governador Tarcísio é um passo importante para a construção de um sistema mais justo e eficiente, com foco na proteção dos direitos humanos e na redução da violência.