Frente Parlamentar e Juristas Evangélicos elogiam nomeação de André Mendonça
A nomeação de André Mendonça para o cargo de ministro da Justiça repercutiu bem entre parlamentares evangélicos. Parte da simpatia é pelo fato de Mendonça ser pastor presbiteriano
- Data: 28/04/2020 16:04
- Alterado: 28/04/2020 16:04
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Bolsonaro pede que André Mendonça (à epoca advogado da AGU) em frente ao Palácio da Alvorada
Crédito:Reprodução
Em nota, a Frente Parlamentar Evangélica do Congresso felicitou “efusivamente a decisão do Senhor Presidente da República” e nomeá-lo para o cargo.
Na nota, a frente lista a carreira jurídica do novo ministro – “advogado da União, especialista, mestre e doutor em Direito” – e também o fato de André Mendonça ser “teólogo e pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil, o que nos garante que os valores cristãos e da família serão defendidos e respeitados”.
Ao Estadão/Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), Uziel Santana, presidente da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure) disse que “expectativa não é ter um ministro terrivelmente evangélico, mas um ministro que seja terrivelmente ministro, ou seja, alguém técnico”. A fala é uma referência à fala do presidente Jair Bolsonaro sobre a intenção de indicar um ministro “terrivelmente evangélico” para ocupar a próxima vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF).
No entanto, o líder da Anajure admite que o fato de Mendonça ser pastor e já ter interlocução é positivo. “O André é pastor presbiteriano. A gente fica feliz, é alguém do nosso meio. Eu mesmo sou presbiteriano. A gente fica feliz que um irmão da comunidade, por méritos, esteja ocupando um cargo importante no alto escalão da República”, animou-se.
No dia da demissão de Moro, a Anajure divulgou uma nota de repúdio à “interferência do presidente da República na direção-geral da Polícia Federal”, dando crédito à fala do ex-ministro. Diante da aparente contradição de ter apoiado Moro e agora celebrar que Mendonça ocupe o cargo no governo que o ex-juiz deixou vago, Uziel explicou: “a gente tem que separar bem as coisas. Houve uma denúncia e nossa nota pede apuração. Agora, existe um País, um Estado e um governo. O que o governo fizer e for bom para o País, apoiaremos. Seremos patriotas”.