Força jovem

Aos 18 anos e “veterana” dos jogos de Londres em 2012, a canoista Ana Sátila rema para fazer bonito nas Olimpíadas de 2016

  • Data: 08/12/2014 08:12
  • Alterado: 08/12/2014 08:12
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Jogos Cariocas
Força jovem

 

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Na abertura das Olimpíadas de Londres, em 2012, uma mineirinha de Iturama chamava a atenção na delegação brasileira pelo indisfarçável ar de deslumbramento. Na época com apenas 16 anos, a canoista Ana Sátila foi a atleta mais jovem do Brasil nos jogos londrinos. A “caçulinha” da delegação terminou a competição de Slalom K-1 feminino em 16º lugar. A prova consiste em descer com um caiaque em uma corredeira passando no meio de obstáculos, chamados de portas. Se não conquistou nenhuma medalha em Londres, pelo menos Ana trouxe na bagagem sua primeira experiência olímpica. Além da força nas remadas, é com a experiência que ela conta para obter resultados mais expressivos nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.

Ana Sátila mora em Foz do Iguaçu, no Paraná, onde faz parte da Equipe Permanente de Canoagem Slalom, que reúne 18 canoístas que recebem todo o suporte necessário ao esporte. Com 1,61m de altura e 56 kg, a atleta mineira já acumula quatro títulos de campeã brasileira e dois de campeã panamericana. Em abril desse ano, conquistou o primeiro lugar no Campeonato Mundial da Canoagem Slalom Júnior e Sub-23, na Austrália. Antes de desembarcar no Rio, em agosto de 2016, ainda irá passar pelos Jogos Panamericanos de Toronto, em julho de 2015. “Quero chegar totalmente preparada no Rio. Estamos treinando para isso, só penso em fazer o meu melhor e conseguir colocar em prática os vários anos de treinamento e preparo. Sonho todos os dias com essa competição. Vai ser emocionante competir em casa”, empolga-se.

JOGOS CARIOCAS – Como conheceu a canoagem?
ANA SÁTILA – Foi através do meu pai, que era o meu professor de natação desde pequena. No clube que eu nadava existia a prática da canoagem e fiquei muito curiosa para tentar. Depois que conheci, comecei a querer ir todos os dias e realmente me apaixonei por esse esporte. O incentivo do meu pai também foi fundamental. Percebi que poderia ser uma atleta profissional quando venci o primeiro campeonato importante em três anos de prática – foi o campeonato brasileiro, em 2008. A partir dai, comecei a viver para o esporte. Já sabia que seria a minha profissão e toda a minha vida seria voltada para a canoagem.

JOGOS CARIOCAS – Quais são seus pontos fortes na canoagem? E quais fundamentos precisa aprimorar?
ANA SÁTILA – Um ponto forte que eu sei que ajuda muito é a força. Estar preparada fisicamente, pronta para remar sempre rápido e com agilidade, é essencial. O ponto mais fraco é a técnica em pistas artificiais, que já depende de viagens e temporada de treinos em outros países para aperfeiçoar.

JOGOS CARIOCAS – Como é a sua rotina de treinos?
ANA SÁTILA – Minha rotina é sempre muito bem programada. Tenho os dois treinos, na parte da manhã e tarde, sempre nos mesmos horários. À noite, vou para a faculdade. Os treinos incluem outras coisas como natação, corrida, academia… E temos muitas temporadas de treinos fora do país. É puxado! Quando está acabando a semana, já não tenho mais energia. Mas o que me move e me deixa preparada para outro treino é perceber a evolução durante a semana. Não existe nada melhor do que saber que você está melhorando a cada dia.

JOGOS CARIOCAS – Quais foram seus momentos mais marcantes, dentro do esporte?
ANA SÁTILA – O momento mais emocionante na minha história como atleta foi quando eu conquistei a vaga para as Olimpíadas de Londres, com apenas 15 anos de idade, ao vencer o Campeonato Pan-Americano em Foz do Iguaçu. Foi muito marcante por ser um resultado tão expressivo e por ter sido na cidade onde eu moro. Lá, pude contar com a presença da minha família e amigos acompanhando de perto. Outro acontecimento importante foi quando eu conquistei o Campeonato Mundial da Canoagem Slalom Júnior e Sub-23, em abril desse ano, na Austrália. Foi a primeira medalha de ouro para o Brasil na competição.

JOGOS CARIOCAS – O fato de as Olimpíadas de 2016 serem “em casa” pode representar uma vantagem competitiva para a canoagem brasileira?
ANA SÁTILA – Vamos ter uma pequena vantagem de estar acostumados com o clima, comida e já treinando no local das provas. Por outro lado, também aumenta a responsabilidade. Temos de estar preparados e colocar em prática o que sabemos fazer. Já começaram a mexer no local das competições, em Deodoro, e temos esperança que vai estar bem preparado. Vai ser uma competição para entrar na história.

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Crédito:CBCa Foto da atleta mineira Ana Sátila

  • Data: 08/12/2014 08:12
  • Alterado:08/12/2014 08:12
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Jogos Cariocas









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