Força além do limite: conheça o halterofilismo paralímpico

Modalidade integra a grade do Programa de Desenvolvimento Paralímpico

  • Data: 28/08/2024 13:08
  • Alterado: 28/08/2024 13:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Secretaria de Esportes
Força além do limite: conheça o halterofilismo paralímpico

MARIANA D’ANDREA

Crédito:Ale Cabral / CPB

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No mundo do halterofilismo paralímpico, a força não é medida apenas em quilos levantados, mas também na determinação e superação dos atletas. O esporte, que envolve o levantamento de peso por pessoas com deficiência, é uma das modalidades disponíveis no Programa de Desenvolvimento Paralímpico, realizado ao longo desta semana na Vila das Belezas, zona sul de São Paulo.

O halterofilismo paralímpico exige não apenas força física, mas também muita disciplina. “A maior curiosidade sobre o halterofilismo paralímpico é que essa modalidade é praticada por paratletas que possuem a parte superior do corpo preservada, pois é fundamental ter essa área intacta para o levantamento de peso”, destaca o professor Marcelo Mota, técnico da equipe de halterofilismo paralímpico brasileira. “A modalidade exige a manifestação da força máxima, por isso, os paratletas precisam alcançar seu potencial máximo. A alimentação adequada e as rotinas de exercícios são fundamentais para maximizar o desempenho”, completa.

Um dos aspectos mais fascinantes do halterofilismo paralímpico, segundo o professor, é a adaptação das técnicas para diferentes tipos de deficiência. “Cada atleta tem suas próprias particularidades. Para vocês terem noção, pessoas com nanismo, poliomielite, paralisia cerebral, ou má formação dos membros, por exemplo, têm uma grande capacidade de levantar muito peso, até três vezes a sua massa corporal”, ressalta. Isso envolve o uso de equipamentos adaptados, como cintos e bancos especiais, que permitem aos paratletas realizarem o levantamento do supino de forma segura e eficiente.

Além disso, o halterofilismo paralímpico no Brasil tem se tornado uma plataforma para a inclusão social e a visibilidade das pessoas com deficiência. “Com a chegada das Paralimpíadas, conseguimos olhar com mais cuidado para as pessoas com deficiência, especialmente os paratletas que enfrentam diariamente muitos desafios, desde as dificuldades para chegar ao centro de treinamento até os preconceitos da sociedade”, comenta Marcelo Mota. “Os paratletas se tornam exemplos de superação, história e emoção”, completa.

O halterofilismo é uma das oito modalidades paralímpicas disponíveis no Programa de Desenvolvimento Paralímpico, uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Esportes e da Secretaria Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, que oferece suporte e capacitação técnica para profissionais de educação física. “O esporte é um poderoso agente de transformação, e o halterofilismo paralímpico é prova viva disso”, destaca a Secretária de Esportes, Helena Reis. “O esporte paralímpico promove o acesso a práticas esportivas que valorizam o potencial e a superação dos atletas de todas as modalidades”.

O Programa de Desenvolvimento Paralímpico acontece até a próxima quinta-feira, no CEU Casa Blanca, na Rua João Damasceno, 85 – Vila das Belezas.

Programa de Desenvolvimento Paralímpico

Criado em 2021, o Programa de Desenvolvimento Paralímpico é uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Esportes e da Secretaria Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, que oferece suporte e capacitação técnica para profissionais de educação física em oito modalidades paradesportivas.

A iniciativa já capacitou 6,7 mil profissionais de educação física em mais de 50 cidades do Estado de São Paulo. Com um desempenho notável no ano passado, onde 3,8 mil profissionais foram capacitados, a iniciativa está passando por 36 cidades neste ano, e já contou com a participação de mais de 3 mil participantes, até o momento.

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  • Data: 28/08/2024 01:08
  • Alterado:28/08/2024 13:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Secretaria de Esportes









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