Festival Paralímpico Loterias Caixa é porta de entrada para jovens nas Seleções Brasileiras de base
Crianças e adolescentes que já estiveram no evento compõem equipes nacionais das mais variadas modalidades; segunda etapa da ação acontecerá neste sábado, 23, nas 27 unidades federativas do Brasil
- Data: 21/09/2023 15:09
- Alterado: 21/09/2023 15:09
- Autor: Redação
- Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro
Crédito:Washington Alves/CPB
O Festival Paralímpico Loterias Caixa, evento organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) para proporcionar práticas de modalidades paralímpicas a crianças e jovens de 8 a 17 anos, é uma porta de entrada para atletas nas Seleções de base. E, neste sábado, 23, milhares de pessoas terão mais uma oportunidade de aproveitar a ação em 118 localidades nas 27 unidades federativas do país.
As inscrições para a segunda edição do Festival Paralímpico Loterias Caixa 2023 são gratuitas e podem ser feitas, por meio deste link, até a data do evento. Além de promover uma experimentação esportiva lúdica e inclusiva para crianças com e sem deficiências, o projeto também celebra duas datas marcantes para o Movimento Paralímpico: o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, comemorado nesta quinta-feira, 21, e o Dia Nacional do Atleta Paralímpico, celebrado nesta sexta-feira, 22.
Promessa da natação na classe S4 (limitação físico-motora), a paulista Alessandra Oliveira dos Santos, 15, já esteve em quatro edições do Festival, que é realizado desde 2018, com exceção a 2020, por causa da pandemia de coronavírus. Em sua quinta participação, a jovem terá uma função diferente. Pela primeira vez, será uma voluntária no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.
“Acredito que será uma experiência legal. Quando entrei no Movimento Paralímpico, tive contato com pessoas que me inspiraram. Agora, eu sou a inspiração para as crianças. Antes de começar na natação, eu era muito tímida. Não gostava de falar com ninguém e nem de tirar fotos. Hoje, eu sou uma pessoa mais comunicativa e devo isso ao Festival, que foi o começo de tudo”, disse a paulista, que tem amputação parcial nos dois membros superiores e inferiores por causa de uma vasculite, inflamação dos vasos sanguíneos, contraída aos quatro anos de idade.
Aluna da Escola Paralímpica de Esportes do CPB, projeto voltado para a iniciação esportiva de jovens, Alessandra já representou o Brasil na Gymnasiade, Olimpíada do Desporto Escolar. Faturou o bronze nos 50m peito durante a competição realizada no Rio de Janeiro, em agosto passado. Já no início deste mês, atingiu índices para os Jogos Parapan-Americanos de Santiago, Chile, que ocorrerão em novembro. No entanto, a sua participação no evento continental ainda não está assegurada. Assim como os outros nadadores, Alessandra deverá esperar a convocação, que será feita nas próximas semanas.
Outro aluno da Escola Paralímpica de Esportes e presença constante no Festival Paralímpico é Tiago Paixão, 17, que tem paralisia cerebral. Atualmente, ele participa de treinos da Seleção Brasileira de base do atletismo e compete em provas de petra (um triciclo utilizado por paralisados cerebrais). Claudenir Paixão, mãe do jovem, relatou o quanto seu filho se desenvolveu após descobrir o esporte por meio do Festival.
“Eu sou muito grata ao CPB por tudo que proporciona ao Tiago. Antes de entrar no atletismo, ele não tomava banho sozinho. Agora, já consegue. Tem muito mais autonomia para fazer as coisas. E tudo começou no Festival”, relatou Claudenir.
Cristian Rofino de Jesus, 11, também é um exemplo de aluno da Escola Paralímpica de Esportes e frequentador do Festival. Após começar no goalball, migrou para o futebol de cegos e já integra a Seleção de base. “É muita emoção participar do Festival. Gosto muito de tudo no evento e da estrutura do CT Paralímpico”, avaliou o jovem, que treina duas vezes por semana no local.
Para o diretor de Desenvolvimento Esportivo do CPB, Ramon Pereira, quando uma criança ou adolescente chega a uma Seleção de base, um dos objetivos do Festival é atingido. “A tendência é que o jovem se interesse por uma modalidade após conhecê-la no evento. Com isso, ele pode procurar um dos nossos Centros de Referência e iniciar uma rotina esportiva. É assim que formamos e descobrimos novos talentos para o paradesporto nacional”, completou, referindo-se ao projeto do CPB que aproveita espaços esportivos para a prática de modalidades paralímpicas, desde a base até o alto rendimento.
Serviço
Data: 23 de setembro (sábado)
Horário: das 8h30 às 12h
Público: crianças e adolescentes de 8 a 17 anos, com deficiência física, visual ou intelectual e sem deficiência
Modalidades: quatro modalidades paralímpicas por sede
Contato: [email protected]