Fechamento de vagas reflete menor demanda e queda de investimento, diz professor
O professor doutor da Universidade de São Paulo e pesquisador da Fundação de Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace/USP), Luciano Nakabashi, afirmou nesta quarta-feira, 18, que o saldo negativo de 2.415 vagas formais de emprego apontado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em fevereiro reflete a menor demanda e a […]
- Data: 18/03/2015 16:03
- Alterado: 18/03/2015 16:03
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
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O professor doutor da Universidade de São Paulo e pesquisador da Fundação de Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace/USP), Luciano Nakabashi, afirmou nesta quarta-feira, 18, que o saldo negativo de 2.415 vagas formais de emprego apontado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em fevereiro reflete a menor demanda e a queda nos investimentos no País.
“A situação era esperada, porque a economia vem devagar desde 2013 e, em algum momento, isso iria bater no emprego. Isso só não ocorria por conta das políticas de estímulos à demanda”, disse Nakabashi.
Segundo ele com a retirada dos “estímulos artificiais” de consumo pelo governo, setores como construção civil e comércio se retraíram e o impacto chegou ao emprego.
O investimento para o consumidor são bens duráveis, como imóveis, e “esse cenário de retração na construção civil geralmente acontece em todas as recessões”, exemplificou.
Nakabashi considerou o fechamento de 25.823 vagas na construção civil em fevereiro mais impactante que a redução de 30.354 vagas do comércio, pelo fato de esse último setor ser o maior empregador da economia.
No entanto, segundo o professor da USP, os dados mostram que o comércio também sente a perda de empregos em outros setores e já esgotou a capacidade de absorver a mão de obra dispensada por esses segmentos, como ocorria no passado.