Expressões da diversidade
Síntese da fauna e da flora brasileiras, mascotes das Olimpíadas do Rio terão nomes definidos por voto popular
- Data: 15/12/2014 11:12
- Alterado: 15/12/2014 11:12
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Jogos Cariocas
Depois de mais um ano de expectativa, finalmente foram revelados os mascotes dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. Os dois personagens foram desenvolvidos pelo estúdio de animação paulistano Birdo e seus nomes serão escolhidos por voto popular através da internet. O mascote olímpico representa uma síntese de espécies icônicas da fauna brasileira e o paralímpico expressa uma mistura das plantas das florestas nacionais. O “bicho” é em tom predominantemente amarelo, com detalhes em azul e laranja. Tem orelhas e pés de felino, seus braços podem virar asas, enquanto a face e o rabo remetem aos símios. Já no representante da flora predomina o azul, com detalhes de folhagem em diversos tons de verde e mãos em tons de laranja. Durante três semanas, na página www.rio2016.com/mascotes, será possível optar por três pares de nomes: Oba & Eba, Tiba Tuque & Esquindim e Vinícius & Tom, sendo que o primeiro nome de cada par é para o mascote olímpico e o segundo para o mascote paralímpico. A votação vai até o dia 14 de dezembro.
Os mascotes dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 tiveram seus nomes anunciados no fim da noite de domingo e receberam os nomes de Vinícius e Tom.
Depois da decepcionante trajetória do pouco carismático tatu-bola Fuleco na Copa do Mundo, os organizadores dos Jogos de 2016 acreditam que os dois novos mascotes sejam responsáveis por 25% da meta de R$ 1 bilhão em vendas totais de merchandising. Estima-se que sejam comercializados mais de 1,5 milhão de mascotes de pelúcia até 2016. As vendas começam em novembro, pela internet e em quiosques que serão abertos nas maiores cidades brasileiras. Inicialmente haverá apenas dois modelos, mas até 2016 serão lançados 15 diferentes versões de cada mascote, que estarão também em bonés, camisetas, mochilas e dezenas de outros itens. O comitê responsável pelos Jogos teve a consultoria dos responsáveis pelo Anima Mundi, um dos mais importantes festivais de animação do mundo. Uma determinação do edital sobre a criação dos mascotes era que fossem um produto de design 100% brasileiro. Apenas profissionais de design e publicidade nascidos no país puderam participar. “A ideia é deixar como legado a divulgação da qualidade do design brasileiro para o mundo inteiro”, explica Beth Lula, diretora de Marca do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016.
O primeiro mascote olímpico surgiu nos Jogos de Munique, em 1972 – era Waldi, um cão da raça dachshund. Em Montreal, em 1976, foi a vez do castor Amik. Em 1980, a imagem do urso Misha derramando uma lágrima na cerimônia de encerramento é a mais lembrada dos Jogos de Moscou. Em Los Angeles, em 1984, a águia Sam foi criada pelos estúdios Walt Disney. Em 1988, em Seul, quem fazia o papel de “mestre de cerimônias” era o tigre Hodori, enquanto em 2002, em Barcelona, a função foi exercida por Cobi, um cão pastor com traços cubistas. Izzy, o mascote de Atlanta 1996, era uma figura azul abstrata, de olhos arregalados e pés grandes. Nos Jogos de Sydney, em 2000, foram três mascotes: o ornitorrinco Syd, a ave Olly e o tamanduá Millie. Já Atenas 2004 veio com Phevos e Athena, inspirados em brinquedos da Grécia Antiga. Em Pequim 2008 eram cinco mascotes: o peixe Beibei, o panda Jingjing, o antílope Yingying e a andorinha Nini, além de Huanhuan, que representava a chama olímpica. E a vaca Fu Niu Lele foi mascote das Paralimpíadas chinesas. Já em 2012, os jogos londrinos tiveram como mascotes a dupla Wenlock e Mandeville, inspirados em duas gotas de aço.
Como muitos bebês dos tempos atuais, os mascotes dos Jogos Rio 2016 já nascem conectados à internet. Perfis sociais em sites como Facebook e Twitter permitirão aos dois personagens “dialogar” com o público, principalmente com as crianças, das mais diversas formas. “Pessoas do mundo inteiro irão interagir com eles”, comemora Beth Lula.