Explosões próximas ao STF ganham destaque na imprensa internacional
A Polícia Federal abriu uma investigação para apurar as circunstâncias do ocorrido
- Data: 14/11/2024 11:11
- Alterado: 14/11/2024 11:11
- Autor: Redação
- Fonte: G1
Explosões na Praça dos Três Poderes
Crédito:Reprodução/X
Na noite da última quarta-feira (13), a capital federal do Brasil, Brasília, foi palco de um incidente que chamou a atenção da mídia internacional. Um homem perdeu a vida após detonar explosivos em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), na icônica Praça dos Três Poderes. Antes disso, outros artefatos explodiram no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados, com um intervalo de apenas 20 segundos entre os eventos. Francisco Wanderley Luiz, identificado como o autor das explosões, ainda estava no local quando a última atualização foi feita.
O episódio ocorreu enquanto sessões legislativas estavam em andamento na Câmara e no Senado, que foram imediatamente interrompidas. No STF, as atividades já haviam se encerrado, e tanto ministros quanto funcionários foram evacuados em segurança. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não se encontrava mais no Palácio do Planalto e não houve necessidade de evacuação do prédio presidencial.
A Polícia Federal abriu uma investigação para apurar as circunstâncias do ocorrido, e o inquérito será encaminhado ao ministro do STF Alexandre de Moraes. Paralelamente, a Polícia Civil do Distrito Federal também iniciou suas próprias investigações.
A cobertura internacional sobre o incidente foi ampla. Nos Estados Unidos, o “The New York Times” descreveu o acontecimento como obra de um “bombardeio solitário” e ressaltou a visão crítica de setores conservadores brasileiros em relação ao STF. O jornal espanhol “El País” apontou que as explosões colocaram o “coração político do Brasil em alerta máximo”, relembrando os ataques de janeiro deste ano.
Na França, o “Le Monde” destacou temores de possíveis ataques contra instituições brasileiras, enquanto o britânico “The Guardian” expressou preocupações com a segurança devido à proximidade da cúpula do G20 no Rio de Janeiro. Na Argentina, “La Nación” noticiou uma “forte operação” policial após as explosões e sublinhou os desafios das autoridades em compreender as motivações por trás do ato.
No Oriente Médio, a Al Jazeera reportou a morte resultante das explosões e mencionou que chefes dos poderes brasileiros mantiveram comunicação após o evento. A emissora destacou ainda a iminente chegada de líderes internacionais para o encontro do G20.
Por fim, a alemã Deutsche Welle informou sobre as explosões nas proximidades do STF e contextualizou os ataques como parte das ameaças enfrentadas pelo tribunal por grupos de extrema direita nos últimos anos.
A repercussão global desse incidente reflete não apenas sua gravidade imediata, mas também as tensões políticas subjacentes que permeiam o cenário brasileiro atual, especialmente à luz de eventos internacionais significativos como a cúpula do G20.