‘Estação Alegria’ leva música ao vivo a instituições para idosos em São Caetano
A segunda edição acontece a partir de 6 de outubro, sempre às quintas e sextas-feiras
- Data: 30/09/2022 09:09
- Alterado: 15/08/2023 21:08
- Autor: Redação
- Fonte: Secult PMSCS
Projeto ‘Estação Alegria’ leva música ao vivo a instituições para idosos em São Caetano
Crédito:Regina Maria / Secult PMSCS
A força que a música exerce sobre as pessoas é o que move o “Estação Alegria”, projeto da Secretaria de Cultura de São Caetano do Sul (Secult), que percorreu Instituições de Longa Permanência para Idosos pela cidade durante a segunda quinzena de setembro. A segunda edição acontece a partir de 6 de outubro, sempre às quintas e sextas-feiras. Todas as ILPIs do município são convidadas a participar.
Entre os dias 14 e 28/9, a Banda da Estação Cultura, formada pelos músicos Gilberto Marques (voz e violão), Wilson Colcheschi (violão), Rocki Gomes (flauta) e Fábio Amaral (cajón), passou pela Casa para Idosos Itápolis, Clínica de Repouso Raio de Sol, Lar Nossa Senhora das Mercedes, Casa Bella e Grupo Luz.
Modas de viola, ritmos latinos, samba de raiz, sucessos dos anos 1960, temas de bolero, clássicos da Música Popular Brasileira. O repertório, segundo Gilberto Marques, é ditado pelo ritmo e pelo calor do público no momento, em cada casa. As apresentações musicais, com duração de aproximadamente 50 minutos, são intimistas, com estrutura técnica que conta com aparelhagem de som de alcance local.
Memórias
“A música tem o potencial de levar o indivíduo a se reencontrar consigo mesmo por meio de vivências passadas, resgatando memórias e trazendo a satisfação pela vida novamente. Acreditamos ser a ponte na qual o idoso se reestrutura e se recicla. O som se comunica com as cargas afetivas e emocionais, restituindo capacidades adormecidas”, comenta Douglas Bunder, coordenador da Estação Cultura.
Catarina Sotero é assistente social no Lar Nossa Senhora das Mercedes, instituição de longa permanência que acolhe mulheres a partir dos 60 anos de idade. Das 60 residentes, cerca de 30 assistiam ao show da Banda da Estação Cultura na manhã do dia 21.
“É algo diferente para elas, que estimula e que mexe com o emocional, trazendo à tona boas lembranças. Além disso, a música traz o benefício da socialização, comprometido por mais de dois anos de pandemia. Tivemos residentes que desenvolveram doenças, provavelmente por fatores psicológicos, porque não podiam receber visitas. E elas gostam muito de cantar e dançar, inclusive quem costuma reclamar de dor nas pernas! Para nós, funcionárias, é uma experiência muito gratificante. ” Conta, de forma divertida, Catarina Sotero.
Zilá de Barros Torao, de 82 anos, há 5 no Lar Nossa Sra. das Mercedes, acompanhava animadamente a Banda da Estação Cultura. “Gosto muito de música. Relembro dos meus tempos de mocinha. Receber os músicos e toda a equipe do projeto, para mim, foi uma alegria porque aqui não podia ter visita por causa da pandemia. E, quando começou a ser liberada, ainda assim, não podíamos chegar perto das pessoas”, diz.
Distração e divertimento
“Foi um dia diferente, com música, diversão, amor. Tanto para os idosos, quanto para nós profissionais, é importante ter esse momento de distração e de divertimento. Após o evento, os residentes continuaram durante toda a semana comentando conosco, com familiares e amigos. E, mesmo tendo se encantado pela música, dessa vez a presença do professor de dança foi um diferencial”, descreve Cinyra Cardoso, enfermeira responsável da Casa para Idosos Itápolis.
Segundo a coordenadora do projeto Estação Alegria, Ivany Barretto, a ação da Secult junto às ILPIs da cidade já existia, mas sem a formação em banda dos músicos. Além disso, as visitas às casas eram pontuais. “Outro diferencial é o professor de dança que nos acompanha, convidando os residentes a dançar, respeitando os limites e condições de cada um”, acrescenta Ivany.
De fato, em vez de constrangidos, os domiciliados ficam mais à vontade para cantar e dançar com o professor Ayrton Andrade. “A ideia é levar alegria às casas de longa permanência, não apenas lembranças”, finaliza Ivany Barretto.