Espetáculo Red Line segue em cartaz em SP

A peça toca em temas extremamente necessários, como o aborto e o suicídio

  • Data: 14/11/2023 14:11
  • Alterado: 14/11/2023 14:11
  • Autor: Redação
  • Fonte: Assessoria
Espetáculo Red Line segue em cartaz em SP

Red Line

Crédito:Camila Rios

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A companhia A Motoserra Perfumada volta aos palcos após quatros anos com a peça Red Line, que traça um paralelo entre o projeto desenvolvimentista urbano e a performance masculina para falar sobre relações de gênero. Escrita e dirigida por Biagio Pecorelli e estrelada por Camila Rios, Regina Maria Remencius e Rodrigo Sanches, a peça segue em cartaz até 30 de novembro com sessões sempre terças, quartas e quintas, às 20h30, no Teatro Cemitério de Automóveis, na Bela Vista.

O espetáculo toca em temas extremamente necessários, como o aborto e o suicídio, abordados à luz das teorias de gênero para criar uma radiografia da performance masculina e seus adoecimentos. O texto da peça surgiu há mais de uma década a partir da observação do diretor sobre a sociedade. “Gosto de boas histórias e, principalmente, boas maneiras de se narrar uma história. A cena que dispara a peça – a de um homem esculachando uma mulher dentro de um carro por alguma razão muito banal – eu vi algumas centenas de vezes na vida”, conta Pecorelli.

Tom e Rose são os personagens centrais da história. Eles estão a caminho de um crime, mas um sinal fecha e os impede de seguir. Os afetos políticos e a mesquinhez dos valores morais são desvelados em um espetáculo que reúne referências da cultura pop, sob uma atmosfera de suspense e contravenção.

Enquanto Sanches interpreta Tom, a personagem Rose é alternada em cena entre Camila e Regina. Essa escolha também é referência e crítica ao agir masculino. “Coloco duas atrizes para interpretar a mulher para que, na cena, o homem seja colocado em perspectiva. Pois é próprio da performance masculina não se enxergar, não é? É nesse sentido que a peça paródia a frase de Thomas Hobbes: ‘o homem é o homem do homem”, diz o diretor.

Antes de chegar aos palcos, o espetáculo nasceu como teleteatro durante a pandemia. A montagem digital foi gravada num desmanche de carros, e a adaptação para o teatro demandou algumas mudanças. A companhia enfrentou, nos últimos dois anos, dificuldades para conseguir financiamento via editais de fomento à cultura e isso se refletiu na escolha de uma produção mais enxuta, mas focada nos elementos essenciais à história. O grupo criou uma benfeitoria para pagar custos de produção, equipe técnica e materiais que compõem cenário e figurino.

Mas a essência da peça segue retratando o “universo oitentista, as tubulares, a sonoridade pós-punk, new wave e a coisa pop e performática que marca a pesquisa d’A Motosserra”, explica o diretor. Parar criar essa ambientação, o cenografista Rafael Bicudo e a figurinista Ana Luiza Fay trabalharam os conceitos de ângulos e do futurismo idealista dos anos 1980.

O desenho de luz é feito por Carol Soares e Jaque Nunes. A trilha sonora original foi composta por Edson van Gogh (Jonnata Doll & Os Garotos Solventes) e Apolônia Alexandrina (Anvil FX), e será performada durante o espetáculo. A equipe de produção conta ainda com a assistente de direção Giovanna Federzoni, responsável por conduzir alguns laboratórios de corpo.

A Motosserra Perfumada é um grupo de teatro com 9 anos de atuação em São Paulo, com trabalhos que passam pelas peças Aquilo que me arrancaram foi a única coisa que me restou (2015) e RES PVBLICA 2023 (2019), performances, intervenções urbanas, ciclos de palestras e leituras.

Sinopse

Tom e Rose estão a caminho de um crime, mas um sinal fecha e os impede de seguir. Os afetos políticos e a mesquinhez dos valores morais são desvelados em um espetáculo que reúne referências da cultura pop, sob uma atmosfera de suspense e contravenção.

Siga o grupo no Instagram @amotosserraperfumada_

Sobre A Motosserra Perfumada

O grupo foi fundado pelo ator e escritor Biagio Pecorelli, pela atriz Camila Rios, pernambucanos radicados em São Paulo, e pelo ator paulistano Bruno Caetano. Além destes, na origem do grupo, estão o músico pernambucano Feiticeiro Julião, os músicos cearenses Jonnata Doll e Edson van Gogh, a atriz e cantora cearense Verónica Valenttino e o sound designer Dugg Mont. O núcleo artístico da companhia atualmente é formado por Biagio, Camila, a atriz Giovanna Federzoni e o ator Rodrigo Sanches.

Em sua pesquisa de linguagem, o grupo cruza as fronteiras da cena com a música e a performance, produzindo um teatro anfíbio, borderline e underground – no sentido daquilo que habita o interior das engrenagens políticas da Cidade. Em 2022, o grupo lançou o livro Cão do Senhor (Ed. Efêmera. Teatro, 225p.), que reúne as quatro dramaturgias escritas por Pecorelli para a companhia, dentre elas Red Line.

Ficha Técnica:

Texto e Direção: Biagio Pecorelli. Elenco: Camila Rios, Rodrigo Sanches e Regina Maria Remencius. Assistência De Direção: Giovanna Federzoni. Trilha Original: Edson Van Gogh e Anvil FX. Cenografia: Rafael Bicudo. Figurinos: Ana Luiza Fay. Desenho de Som: Dugg Mont. Desenho De Luz: Carol Soares e Jaque Nunes. Arte Do Cartaz: Bruno Caetano. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Produção: Corpo Rastreado e A Motosserra Perfumada.

Serviço:

Espetáculo Red Line com A Motosserra Perfumada.

Temporada: Até 30 e novembro de 2023. Terças, quartas e quintas, às 20h30.

Duração: 60 minutos.

Classificação etária: 18 anos.

Cemitério de Automóveis

Rua Francisca Miquelina, 155 – Bela Vista.

Ingressos: ingressos: R$ 50 e R$ 25.

Vendas: https://www.sympla.com.br/eventos?s=red%20line

Venda direito na bilheteria do teatro sempre 1 hora antes do espetáculo

Acessibilidade: o espaço possui acessibilidade para cadeirantes.

Capacidade: 50 Lugares.

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  • Data: 14/11/2023 02:11
  • Alterado:14/11/2023 14:11
  • Autor: Redação
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