Escola de Santo André é tombada como patrimônio cultural municipal
O prefeito Paulo Serra homologou nesta semana o tombamento da Emeief (Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental) Therezinha Monteiro de Barros Nosé, no bairro Jardim
- Data: 16/07/2021 14:07
- Alterado: 16/07/2021 14:07
- Autor: Marcos Imbrizi
- Fonte: Secom PSA
Emeief Professora Therezinha Monteiro de Barros Nosé é tombada como patrimônio cultural municipal
Crédito:Angelo Baima/PSA
A homologação foi baseada em estudo do Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico-Urbanístico e Paisagístico de Santo André (Comdephaapasa). Além do prédio da Emeief, o tombamento integra ainda outros espaços que faziam parte do projeto original, como a quadra do atual Ginásio Esportivo Vila Alpina, a piscina atualmente sob administração do Nanasa (Núcleo de Natação Adaptada de Santo André), as áreas livres e áreas verdes.
A proteção da edificação é importante para a cidade e seus moradores, pois se trata de um exemplar pensado especialmente para o público infantil onde se valorizou um ambiente planejado para atender as crianças com uma série de itens como espaços experimentais, jardins, brinquedos educativos, piscina, entre outros.
Marcou-se, com esta proposta, um novo conceito de educação em Santo André em que, segundo o estudo elaborado pelo Comdephaapasa, o antigo Centro Integrado de Educação Pré-Primária de Vila Alpina “expressa a existência de uma política pública voltada para a educação pré-escolar na década de 1970, momento em que a cidade investia maciçamente na infraestrutura urbana e encontrou na arquitetura moderna um símbolo de progresso, modernidade e afirmação de uma identidade”.
Outro aspecto a ser apontado é que o ano de 1970 foi declarado como “Ano Internacional da Educação”, sendo a educação pré-escolar um dos principais objetivos da estratégia educacional pelo Fundo das Nações Unidas. Condição que possivelmente influenciou as diretrizes da educação daquele momento.
Arquitetura moderna – Ainda foi apontado pelo Comdephaapasa a importância do prédio para a história da arquitetura moderna brasileira. O espaço teve projeto dos arquitetos João Batista Villanova Artigas e Marlene Yurgel e projeto paisagístico de Waldemar Cordeiro.
“Esse projeto demonstra a concepção de Villanova Artigas para os espaços destinados à educação: o prédio escolar como um instrumento pedagógico”, informa o estudo. Outros pontos destacados são a valorização do espaço coletivo livre de barreiras que proporcionasse a formação integral da criança e o espaço escolar para além do edifício, como expressão de um compromisso político de desenvolvimento e transformação da sociedade.
Apesar das modificações implementadas ao longo do tempo, este bem cultural recém-homologado é significativo, tanto pela proposta conceitual como por características arquitetônicas ainda hoje presentes.
O tombamento, aprovado pelo Comdephaapasa em 2019, determina diretrizes de preservação do prédio da Emeief, bem como das demais áreas que ao longo do tempo deixaram de compor o projeto original. Estas diretrizes consistem num regramento para a manutenção e valorização desse bem cultural.
Com a homologação, Santo André passa a contar com 23 bens tombados pelo Comdephaapasa, além de outros dois bens registrados. A lista completa está disponível em: https://www2.santoandre.sp.gov.br/index.php/bens-tombados-registrados-e-em-estudo-de-tombamento/file/532-bens-reservados-em-santo-andre