Entrevista com o prefeito de Santo André, Paulo Serra

Prefeito fala sobre enfrentamento de referência na cidade, e afirma que a prioridade é "não deixar nenhum andreense sem atendimento médico"

  • Data: 13/02/2021 17:02
  • Alterado: 22/08/2023 22:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: ABCdoABC
Entrevista com o prefeito de Santo André, Paulo Serra

Crédito:Odair Junior/ABCdoABC

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E o ABCdoABC entrevistou o prefeito de Santo André, Paulo Serra. Na entrevista, o líder do executivo falou sobre o enfrentamento da pandemia do coronavírus na cidade, vacinação, política, saúde, educação e segurança.

Sobre o enfrentamento da pandemia em Santo André, Serra comentou que o município é referência no país com seus Hospitais de Campanha. Na cidade, são mais de 30 leitos de UTI por 100 mil habitantes, o que é quase o dobro se comparado com o índice do estado de São Paulo (18). Durante o cenário de pandemia, o máximo de ocupação que o sistema de saúde de Santo André chegou foi a 75%, o que para o prefeito é uma grande vitória. “Conseguimos cumprir o principal compromisso que é não deixar nenhum andreense sem atendimento médico”, conta. E ainda diz que o final de toda essa situação já é uma realidade, com os índices abaixando pouco a pouco e o início da vacinação.

Para Paulo Serra, o ritmo da vacinação está aquém do esperado, mas isso ocorre por conta da falta de doses suficientes para aumentar a imunização em massa. Santo André tem se saído bem, porém, com o que é dado: há uma antecipação no Plano Nacional de Imunização. “A vacinação dos idosos acima de 90 anos era na segunda-feira e nós praticamente terminamos ela no domingo, então Santo André tem sempre se antecipado”. E sobre os grupos prioritários, avisa, “não é o prefeito e a prefeitura que escolhem quem vai ser vacinado, existe um plano nacional de imunização, ditado pelo Ministério da Saúde e as cidades que não cumprirem esse plano respondem na Justiça”. Ainda sobre a vacinação, finaliza contando que, através do Consórcio Municipal do ABC, haverá a tentativa de compra de doses por fora do que é fornecido pelo Ministério da Saúde.

Obras públicas

Algumas obras sofreram alterações por conta da pandemia do novo coronavírus na cidade. Segundo o prefeito, algumas dessas alterações foram propositais, como no caso no Cine Theatro Carlos Gomes, “não tem sentido entregar o Carlos Gomes no meio de uma pandemia”, pois o equipamento induz a aglomeração de pessoas, o que é preciso evitar no momento. O mesmo aconteceu com as obras do Parque do Guaraciaba, da Creche Tamarutaca e Creche Mirante, todas as entregas foram replanejadas para o segundo semestre.

As únicas obras que não foram replanejadas foram as da área da saúde, que seguem à risca o cronograma de entrega o quanto antes.

Educação

Sobre a volta às aulas, Paulo Serra diz que a prioridade agora são as crianças que não se adaptaram bem ao ensino remoto. As escolas voltaram com capacidade reduzida e sem obrigatoriedade de presença e, por enquanto, ainda seguirá o modelo híbrido. A volta 100% das aulas presenciais, segundo o prefeito, só irá acontecer quando a vacinação terminar.

A garantia que os pais têm da segurança de seus filhos presencialmente na escola é seguir os protocolos. Distanciamento, uso de máscara, álcool em gel, aferição de temperatura, testagem são extremamente importantes nesse momento.

Segurança

Outro ponto importante da entrevista foi a Segurança. Segundo Paulo Serra, a guarda de Santo André é uma das mais bem pagas do Brasil, e o principal problema na área atualmente é a legislação antiga. “Nós só vamos conseguir implementar uma política pública de segurança com menos impunidade quando o Governo Federal enviar uma reforma do Código de Processo e do Código Penal, essas duas legislações são da década de 40”. Para ele, por conta desses Códigos antigos há muita impunidade nos crimes menores, como furtos de celulares, relógios. “Nós chegamos ao absurdo de prender um furtador de um comércio da cidade seis vezes em dois meses”, conta. É preciso, então, cobrar o presidente para uma ação em relação a isso.

Política

E o prefeito ainda comentou brevemente sobre a disputa política entre o governador do Estado de São Paulo, João Doria, e o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro: “eu acho muito improdutivo para o país, não era a hora de discussão”. Para ele, se não houvesse essa disputa, talvez teríamos mais doses de vacina disponíveis no país. E ainda diz que o momento é de união, não separação. E conclui dizendo que ele tenta ao máximo “blindar” a cidade das brigas políticas, coisa que tem conseguido até o momento.

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Crédito:Odair Junior/ABCdoABC










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