Entenda como funciona o diagnóstico e tratamento do lipedema

A doença é uma condição crônica que provoca acúmulo anormal de gordura.

  • Data: 11/02/2025 16:02
  • Alterado: 11/02/2025 16:02
  • Autor: Redação
  • Fonte: Assessoria
Entenda como funciona o diagnóstico e tratamento do lipedema

Crédito:Shutterstock

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O lipedema, uma condição crônica que provoca acúmulo anormal de gordura, é frequentemente mal diagnosticado. Diversos especialistas têm a capacidade de identificar essa enfermidade, desde que possuam conhecimento adequado sobre suas características. Entre os profissionais mais indicados para realizar o diagnóstico estão cirurgiões vasculares e ortopédicos, endocrinologistas, reumatologistas e fisioterapeutas. Esses especialistas são essenciais para distinguir o inchaço causado pelo lipedema de outras condições médicas.

Após a confirmação do diagnóstico, as pacientes geralmente recebem acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, que pode incluir endocrinologistas, ginecologistas, nutricionistas, cirurgiões vasculares, cirurgiões plásticos, psicólogos e psiquiatras. Esse suporte coletivo é fundamental para garantir um tratamento eficaz e abrangente.

As recomendações para o manejo do lipedema incluem evitar o ganho de peso e realizar exercícios físicos de baixo impacto, preferencialmente sob a orientação de um profissional de educação física. Atividades aquáticas são especialmente benéficas, pois não apenas minimizam o impacto nas articulações, mas também favorecem a circulação sanguínea.

A fisioterapia desempenha um papel crucial no tratamento do lipedema. Profissionais da área utilizam diversas técnicas, como drenagem linfática, enfaixamento compressivo e aplicação de meias de compressão e botas pneumáticas. Essas abordagens visam melhorar a circulação linfática e o retorno venoso ao coração. Além disso, terapias com ondas de choque têm mostrado resultados positivos ao favorecer a circulação e reduzir fibroses associadas ao acúmulo de gordura.

Nos casos em que a doença avança significativamente, intervenções cirúrgicas podem ser necessárias. O cirurgião plástico Fabio Kamamoto explica que “a cirurgia pode diminuir o volume dos membros em até 40%. Pesquisas indicam melhorias na qualidade de vida e redução do desconforto pós-operatório. O seguimento com pacientes até oito anos após o procedimento demonstra que esses benefícios tendem a se manter”.

A técnica cirúrgica utilizada é uma forma especializada de lipoaspiração que envolve o uso de cânulas específicas aliadas a fontes de calor, como lasers. Essa combinação ajuda a estimular a aderência da pele ao corpo após a remoção do tecido adiposo excessivo. O especialista Belczak ressalta a importância dessa abordagem para evitar o excesso de pele resultante da cirurgia.

É importante esclarecer que a cirurgia bariátrica não é indicada para o tratamento do lipedema. Este procedimento é destinado principalmente a indivíduos com um índice de massa corporal (IMC) superior a 35 que apresentem doenças metabólicas associadas, como diabetes. Pacientes com lipedema sem essas condições não se enquadram nos critérios para realizar a cirurgia bariátrica.

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  • Data: 11/02/2025 04:02
  • Alterado:11/02/2025 16:02
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