Eleições Municipais 2020: Santo André – Entrevista com Alex Arrais
Candidato do PTC à Prefeitura de Santo André, Alex Arrais, foi entrevistado pelo portal ABCdoABC. Assista ao vídeo
- Data: 10/11/2020 17:11
- Alterado: 22/08/2023 22:08
- Autor: Redação
- Fonte: ABCdoABC
Crédito:Odair Junior/ABCdoABC
As Eleições Municipais 2020 estão cada vez mais próximas, dessa forma, muitos candidatos estão em busca de uma oportunidade nos cargos políticos para prefeito, vice e vereador ou, até mesmo, de uma reeleição. Importante salientar, ainda, que o primeiro turno será realizado no dia 15 de novembro, enquanto o segundo está marcado para 29 de novembro.
Como forma de saber mais sobre os candidatos, o portal ABCdoABC traz uma série de entrevistas exclusivas. Desta vez, o convidado foi Alex Arrais, que está concorrendo à prefeitura. Confira o resumo das respostas do candidato:
Qual sua avaliação da atual gestão da Prefeitura em sua cidade?
Estamos no século XXI, temos que ter mudanças, transparência. A política está muito desacreditada, em Santo André o povo está muito politizado.
Quais as principais dificuldades nesses quatro anos?
A principal dificuldade do município hoje é a saúde. Eu digo que vou trabalhar dois pontos, a saúde e a infraestrutura. Santo André está doente. Nós temos que começar a descentralizar essa saúde, criar alternativas, hospital infantil, hospital do idoso, e do adulto. Hoje está tudo junto, não tem especialistas, as pessoas estão na fila de espera seis meses a um ano, isso acaba prejudicando o desenvolvimento da saúde em Santo André.
O que a cidade mais precisa?
A saúde, e voltar a dar atenção ao saneamento básico, voltar os olhos para a comunidade. Formação de renda, emprego. Santo André está em crise. Foi trocada a Semasa pela Sabesp, e a Sabesp não tem feito um bom trabalho. A população está sofrendo muito.
Por que pretende ser prefeito e quais as suas propostas
Alex Arrais é o verdadeiro novo. Eu nunca fui candidato. Moro na cidade há 45 anos, a decepção de ver a sociedade sofrendo nessas últimas gestões me deixou muito triste e me fez tomar atitudes. Temos que cuidar de Santo André. Meu plano de governo é simples, porém será feito em conjunto com grandes associações, com pessoas experientes. O prefeito é empregado do povo, não dono da cidade. Nós temos que ouvir a população. Eu sou diferente. A única promessa que eu faço é que vou trabalhar muito. Fala-se muito de coisas como Parque Tecnológico, mas não se fala da realidade da população, o que você tem de imediato. O que importa é representar o povo.
Como foi feito o enfrentamento à pandemia em Santo André?
Muita coisa deveria ter sido feita com coerência. Se há Polícia Federal dentro do município é porque não há tanta transparência como deveria. A pandemia causa estragos, tira vidas, e as pessoas estão brincando com coisas sérias. Eu vejo os candidatos por aí como se nada tivesse acontecido, parece que acabou a pandemia.
Quais são os desafios para os próximos anos?
Em primeiro lugar organizar a saúde. A atual gestão fez de Santo André um cartão de crédito, fez diversos empréstimos causando uma dívida de 500 milhões. Também temos o caso da habitação, Santo André tem 30 mil famílias aguardando habitação. Como pudemos deixar nossa cidade se tornar uma cidade-dormitório, não gera renda, emprego. Santo André vai fechar com caixa negativo. É muita coisa, saúde, educação, transporte.
Hoje, por conta da pandemia, o que é prioritário: saúde, educação ou economia?
Se nós tivéssemos uma saúde em perfeitas condições, descentralizada, com especialistas, não estaríamos sofrendo tanto. Santo André é uma cidade com muitos idosos. A saúde seria realmente a prioridade no exato momento. Também não foi criado nenhum plano de contingência para atendimento aos alunos das escolas. A gente vê muitas comunidades onde não tem internet, e as crianças vão passar de ano sem ter as condições que deveriam, isso é muito preocupante. Nós temos que criar soluções. E criamos soluções quando escutamos especialistas. Outra coisa, a pandemia é trágica, mas por outro lado trouxe alguns benefícios, como a reaproximação da família. Os pais hoje sabem do valor do professor.
Em termos eleitorais, como o senhor enxerga o cenário político em Santo André?
É voltado para o jogo de interesses. Não interesses para a população, interesses para si próprio. Hoje o cenário vive de dinheiro. Gastando dinheiro público com materiais de campanha, com churrascos, comprando o povo de Santo André com ninharias. O povo de Santo André merece respeito. Esses políticos que estão há tantos anos aí, mostraram que não vai se mudar nada. Não adianta ter 70, 80, mil páginas de programa de governo se não vai colocar nem a metade em funcionamento. O atual governo está deixando uma dívida pra Santo André. Santo André merece respeito.