Eleições Municipais 2020: Mauá – Entrevista com Donisete Braga

Candidato do PDT à Prefeitura de Mauá, o ex-prefeito Donisete Braga foi entrevistado pelo portal ABCdoABC. Assista ao vídeo

  • Data: 09/11/2020 19:11
  • Alterado: 22/08/2023 22:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: ABCdoABC
Eleições Municipais 2020: Mauá – Entrevista com Donisete Braga

Crédito:Odair Junior/ABCdoABC

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As Eleições Municipais 2020 estão cada vez mais próximas, dessa forma, muitos candidatos estão em busca de uma oportunidade nos cargos políticos para prefeito, vice e vereador ou, até mesmo, de uma reeleição. Importante salientar, ainda, que o primeiro turno será realizado no dia 15 de novembro, enquanto o segundo está marcado para 29 de novembro.

Como forma de saber mais sobre os candidatos, o portal ABCdoABC traz uma série de entrevistas exclusivas. Desta vez, o convidado foi o ex-prefeito Donisete Braga, que está concorrendo à prefeitura.

Aplicamos para todos os candidatos que disputam os cargos perguntas similares em suas candidaturas. Confira o resumo das respostas do candidato:

Qual sua avaliação da atual gestão da Prefeitura em sua cidade?

A gente vive uma situação emblemática em Mauá. Lamentavelmente faltam ainda três meses para terminar o mandato do atual prefeito. Foram quatro anos de notícias negativas, desvio da merenda escolar, desvio na saúde. A população não merecia esses fatos que aconteceram na nossa cidade. Hoje a gente vê uma cidade completamente sem referência, sem noção de gestão pública. E o nosso grande desafio é dizer pra população que Mauá tem jeito. Eu me sinto preparado, me sinto em condição de fazer um governo que possa nos avançar ainda mais nas políticas públicas de nossa cidade, especialmente na área da saúde.

Quais as principais dificuldades nesses quatro anos?

Foi a questão da falta de gestão. Nós não tivemos um planejamento de políticas públicas na nossa cidade. É só verificarmos o programa de governo que foi apresentado pelo atual prefeito, que não foi cumprido absolutamente nada. E essa situação de corrupção, de desvio de dinheiro, terminou colocando a cidade numa situação extremamente difícil. Mauá ficou de costas para o Grande ABC. Isso certamente não só envergonha a população, mas também traz uma situação negativa para por exemplo, uma empresa que queira se instalar na cidade, quando escuta essas notícias, certamente ela parte pra outro município, e aí a gente perde emprego, receita, crescimento. Nós temos um tapete importante para atrair empresas para a nossa cidade, e o que a gente percebe é que muitas empresas estão indo embora de Mauá, porque o atual prefeito criou uma taxa, chamada Taxa de Compensação Urbana, que cobra um valor absurdo pra quem vai construir em Mauá. Nós vamos criar uma situação positiva para atrair empresas, fomentar para que as pessoas possam comprar nos comércios locais, porque segundo pesquisas, 25% dos nossos consumidores vão consumir em Santo André, no ABC, ou até mesmo na capital.

O que a cidade mais precisa?

Primeiro acabar com a corrupção. Quando você combate a corrupção, tem mais dinheiro para a saúde, que é o tema que as pessoas demandam com muita transparência. Remontar a rede de saúde é fundamental, quando eu fui prefeito da cidade nós reduzimos a mortalidade infantil, de cada mil bebês que nasciam morriam 15, ao final da nossa gestão isso caiu para 7,5, trouxemos os médicos cubanos, duplicamos os agentes comunitários de saúde e as equipes de saúde da família, fizemos um processo de credenciamento que possibilitou a chegada da Faculdade de Medicina em Mauá e conseguimos inaugurar a UPA Barão de Mauá, assim como a UBS no Jardim Oratório, pra citar alguns exemplos. Nós vamos qualificar profissionais, a construção de uma UBS no Jardim Éden, transformar a UBS do Flórida em 24 horas e também aproveitar a região do Rosina, Magini, para uma UPA pediátrica. Mas também não esquecendo que a educação é um tema fundamental, é uma meta nossa podermos zerar o déficit de creche com a criação de 2.300 vagas, firmarmos uma parceria com as igrejas e entidades da nossa cidade para criamos salas de aula e mapearmos as escolas do Estado, que não têm aulas durante o dia e porque não adaptá-las para terem uma escola municipal.

Por que pretende ser prefeito e quais as suas propostas

Primeiro que hoje em me sinto mais preparado, consigo ter uma visão melhor da cidade. Nós teremos uma crise econômica extraordinária. E nesse momento a cidade não requer um aventureiro. Eu quero poder ser prefeito da cidade de Mauá e ter do meu lado os melhores secretários. Hoje Mauá tem 23 secretarias, a nossa meta é reduzir para 12, mas qualificar com quadros técnicos, pessoas que morem em Mauá, que conhecem a cidade. Indo para o segundo turno e sendo vitorioso no dia 29 de novembro, eu quero poder agregar no nosso plano de ação propostas que foram discutidas pelos demais candidatos à prefeito de nossa cidade. Eu me sinto muito preparado pela minha vivência profissional. Nós queremos criar o CTN aqui em Mauá, para trazer a cultura, música, gastronomia e gerar emprego e renda para a nossa sociedade. Tudo isso está no nosso plano de governo.

Como foi feito o enfrentamento à pandemia em Mauá

Foi muito ruim. Houve desvio do dinheiro da saúde, superfaturamento do Hospital de Campanha, das máscaras. Mauá foi a cidade que teve o maior grau de letalidade, o prefeito foi muito omisso.

Quais são os desafios para os próximos anos?

Geração de emprego, renda, retomar a autoestima do povo de Mauá.

Em termos eleitorais, como o senhor enxerga o cenário político em Mauá?

Difícil, emblemático. A pandemia atrapalhou bastante. Nós estamos organizando uma campanha digital, para chegar na juventude, mas também uma campanha de rua, de casa em casa para poder apresentar nossa proposta.

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Crédito:Odair Junior/ABCdoABC










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