Eleições Municipais 2020: Mauá – Entrevista com André Sapanos
Candidato do PSOL à Prefeitura de Mauá, André Sapanos, foi entrevistado pelo portal ABCdoABC. Assista ao vídeo
- Data: 22/10/2020 19:10
- Alterado: 22/08/2023 22:08
- Autor: Redação
- Fonte: ABCdoABC
Crédito:Odair Jr. / ABCdoABC
As Eleições Municipais 2020 estão cada vez mais próximas, dessa forma, muitos candidatos estão em busca de uma oportunidade nos cargos políticos para prefeito, vice e vereador ou, até mesmo, de uma reeleição. Importante salientar, ainda, que o primeiro turno será realizado no dia 15 de novembro, enquanto o segundo está marcado para 29 de novembro.
Como forma de saber mais sobre os candidatos, o portal ABCdoABC traz uma série de entrevistas exclusivas. Desta vez, o convidado foi André Sapanos, que está concorrendo à prefeitura. Confira o resumo das respostas do candidato:
Qual sua avaliação da atual gestão da Prefeitura em sua cidade?
A minha avaliação é que não teve governo. O prefeito criou uma instabilidade política e econômica na cidade através das suas prisões. Não tem como fazer uma avaliação de um governo que não existiu.
Quais as principais dificuldades nesses quatro anos?
A instabilidade política criada pelas prisões do prefeito através dos processos de suspeita de corrupção é uma das principais dificuldades que a cidade enfrentou. A outra dificuldade principal foi na questão da saúde, nós temos um contrato com a fundação do ABC e logo no começo da gestão descobrimos que muitas pessoas não estavam tendo acesso ao seu FGTS e o prefeito não resolveu essa situação até hoje. O Nardini, com essa questão do contrato com a Fundação do ABC é um grande gargalo que precisamos resolver. E a situação econômica, não houve geração de empregos.
O que a cidade mais precisa?
De um prefeito que dê estabilidade política, que possa fazer com que as empresas venham para a cidade. É inaceitável que tenhamos dúvidas de se o prefeito vai continuar na prefeitura ou se vai estar na prisão. A estabilidade política é a principal pauta que nós do PSOL estamos defendendo.
Por que pretende ser prefeito e quais as suas propostas?
A minha diferença para os demais candidatos é que eu sou uma pessoa totalmente transparente. E eu sou usuário dos serviços públicos da cidade. Não adianta dizer que vai resolver as dificuldades da cidade se você não as conhece. E eu conheço as dificuldades da população. Eis uma das minhas principais diferenças para os outros candidatos, que são de famílias tradicionais da política de Mauá há muitos anos, que se enriqueceram fazendo da política um balcão de negócios. Eu mereço ser prefeito de Mauá junto à militância do PSOL porque nós temos um processo para dar transparência para a cidade. Não dá pra simplesmente sobretaxar a população, colocar impostos sem deixar isso claro para todos. Nós não temos “rabo preso”, não fazemos campanhas bilionárias para ludibriar as pessoas, não fazemos política com um plano de governo que não pode ser executado depois. Essa é a importância da candidatura do PSOL.
Como foi feito o enfrentamento à pandemia em Mauá?
Foi uma lástima. Pesa sobre o prefeito uma suspeita de corrupção na contratação do Hospital de Campanha de Mauá e ele já fechou esse hospital sendo que o coronavírus ainda não acabou em nenhum lugar. E lastimável estarem trocando votos por vidas. Fazem aglomeração na cidade desrespeitando as regras sanitárias. Eu acho que a administração Átila Jacomussi peca desde o início no combate ao coronavírus, inclusive nós do PSOL no início da pandemia enviamos uma carta para o prefeito com inúmeros pontos para o combate, inclusive alguns foram acatados por ele, a questão da suspensão das aulas, do cartão merenda, isso as pessoas podem conferir em uma publicação que foi feita na minha página no dia 18 de março.
Quais são os desafios para os próximos anos?
A questão econômica é muito importante, a geração de empregos para a cidade de Mauá. Precisamos atrair as empresas para que elas façam com que os moradores tenham um emprego, para que possam sobreviver através da renda do seu trabalho. Mas também precisa de capacitação, através de escolar preparatórias, cursos técnicos, verificando a viabilidade desses cursos para a região.
Hoje, por conta da pandemia, o que é prioritário: saúde, educação ou economia?
Os três pontos estão interligados. Não tem como estar na prefeitura e defender apenas uma área. Na saúde precisamos rever alguns contratos, a gente defende concursos públicos na saúde, também a estadualização do Hospital Nardini e reformular alguns horários de funcionamento das UBSs. Um outro grande plano é criar um laboratório público de exames. Na educação, só teremos a volta quando houver condições sanitárias para a volta às aulas, nesse ponto eu achei que foi um acerto do prefeito. E aí vamos ter que promover uma recuperação com os nossos alunos. Vamos debater a reestruturação do currículo daquele ano, para fazer uma recuperação, vamos querer retomar algumas coisas que são importantes principalmente para a área da creche, da pré-escola. E na economia, a questão da geração de empregos. Inclusive a gente prevê uma baixa na arrecadação de impostos devido ao desemprego da população estar em alta.
Em termos eleitorais, como o senhor enxerga o cenário político em Mauá?
Eu creio que todos os partidos tendem, agora com a nova legislação eleitoral, a lançar os seus candidatos a prefeito na cidade de Mauá porque não pode mais fazer coligação com as chapas proporcionais, então os partidos querem dar visibilidade para a legenda para eleger seus candidatos à vereadores. Contudo, de 13 projetos, 12 representam as mesmas coisas, o único que está se diferenciando é a candidatura do PSOL. Dos outros, ou já estiveram na gestão ou são aliados a quem já esteve na gestão, por isso os projetos e planos de governo são muito parecidos.