Disciplinas eletivas de Educação Ambiental já alcançaram mais de 7 mil alunos
Distribuído para 207 escolas da rede pública, o conteúdo pedagógico é voltado para a conscientização de estudantes dos Ensinos Fundamental e Médio
- Data: 01/11/2023 10:11
- Alterado: 01/11/2023 10:11
- Autor: Redação
- Fonte: SEMIL
Crédito:SEMIL
O sucesso do programa de disciplinas eletivas em Educação Ambiental, parceria entre as secretarias de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) e da Educação (Seduc), pode ser medido em números superlativos. No primeiro semestre de 2023, 1.775 alunos, de 59 escolas estaduais, tiveram acesso aos conteúdos. Como as aulas caíram no gosto da turma, o boca a boca impulsionou o interesse, e o número de inscritos para o segundo semestre ultrapassou a marca de 5,4 mil estudantes, de 148 unidades educacionais. Ao todo, mais de 7 mil estudantes tiveram acesso às eletivas, distribuídas de acordo com o nível educacional: “Guardiãs e guardiões da água,” “Água e mudança climática,” e “Água, energia e alimentos,” em um universo de 156 municípios em todo o Estado.
A estudante Rafaella Fernandes Barbosa, de 13 anos, é um bom exemplo de como as aulas mudam hábitos, especialmente em relação a abrir e fechar as torneiras e o chuveiro. “Antes, não ligava muito para a economia. Agora, reduzo o tempo no banho e fecho a torneira quando lavo a louça e escovo os dentes, entre outras mudanças”, conta ela, enquanto aguarda o início de mais uma aula. “Alterei minha rotina e estou incentivando as pessoas que convivem comigo a fazerem o mesmo. Gosto muito da disciplina e acho que todos deveriam ter acesso”, completa.
Durante a aplicação do conteúdo, Rafaella e outros alunos da Escola Estadual Desembargador Edgard de Moura Bittencourt, em Carapicuíba, foram distribuídos em grupos na biblioteca para participar da atividade interativa. A escola tem sido referência devido ao resultado positivo e à alta participação dos alunos. Na aula de terça-feira, 24, foi aplicado um questionário no formato Quiz (teste com alternativas) para avaliar o aprendizado, com base em situações cotidianas. O jogo foi criado utilizando os conteúdos programáticos do semestre. O resultado indicou a eficácia do material.
Anna Luisa Souza, de 12 anos, trouxe outro efeito da participação nas aulas, algo capaz de encher qualquer professor de orgulho: a descoberta de uma vocação. “Essa matéria foi essencial para mim, está ligada ao meu plano de me tornar uma bióloga marinha. Esses conceitos foram fundamentais para ampliar meu conhecimento sobre a relevância da água”, comentou.
A aula incluiu, também, na atividade prática de cada grupo, a produção de um jogo a ser exposto depois na escola, com o objetivo de conscientizar, de forma descontraída, os visitantes sobre a preservação e a conservação da água. “O jogo elaborado pelo nosso grupo foi um circuito que apresenta cada estado físico da água. A finalidade é a de mostrar qual é o melhor tratamento para manter a sua qualidade”, descreve Bryan Camargo Matheus, de 12 anos.
Professora da disciplina eletiva na escola, Maria Helena Lazzarin, confirma que a disciplina mudou o ritmo dos alunos, que se tornam multiplicadores do conhecimento nos seus núcleos familiares e entre os amigos. “O tema aplicado transmite um ar lúdico e reflete que, efetivamente, as crianças são o futuro. É delas esse papel de guardar e preservar o mundo”, ressalta. “É gratificante desempenhar essa função de instruir e plantar a semente da conscientização para a preservação e a sustentabilidade. A partir deles, alcançamos as suas casas e assim fazemos com que esse conhecimento se expanda e alcance mais pessoas”, completa.
O alcance e a repercussão da iniciativa trouxeram satisfação a quem organizou as eletivas, divididas em 10 módulos de 40 horas cada um. “Este é um retorno que nos deixa muito felizes. Abordamos com eles as múltiplas relações com o ambiente, os fluxos de energia e a importância da água para a vida e para a obtenção de alimentos. Quanto mais multiplicam isso, mais a sustentabilidade se consolida no cotidiano”, afirma uma das responsáveis pelo conteúdo, Maria de Lourdes Rocha Freire, coordenadora da Coordenadoria de Educação Ambiental (CEA), da Semil.