Diadema reduz casos de hanseníase, mas população ainda demora a procurar ajuda
Reconhecer sintomas e buscar atendimento médico para diagnóstico precoce aumenta chances de cura
- Data: 25/01/2019 16:01
- Alterado: 25/01/2019 16:01
- Autor: Renata Nascimento
- Fonte: PMD
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As ações de combate, diagnóstico e tratamento da hanseníase realizadas em Diadema contribuíram para reduzir os casos da doença de 14 ocorrências, em 2011, para quatro casos no ano passado. Os dados preliminares são da Coordenadoria de Vigilância à Saúde da cidade. Embora os números demonstrem um cenário positivo, o diagnóstico tardio pode levar a incapacidades e deformidades físicas.
Lesões na pele como manchas, placas ou nódulos com comprometimento da sensibilidade são os principais sintomas. Entretanto, essas lesões podem ser confundidas pelo doente como manchas de sol ou micose e dificultar a ida do doente ao médico para diagnosticar e tratar a hanseníase. “É importante que aos primeiros sinais ou suspeita da doença, o morador procure um serviço de saúde para avaliação o mais rápido possível. O diagnóstico precoce aumenta as chances de cura, além de impedir que a doença continue a ser transmitida”, ressalta a coordenadora do Departamento de Vigilância à Saúde, Candida Rosa Alves.
Quando a suspeita é confirmada pela equipe da UBS, o paciente é encaminhado ao Centro de Referência em Hanseníase, no Quarteirão da Saúde, para diagnóstico e tratamento. O serviço é vinculado ao maior Centro de Referência sobre a doença no país: o Instituto Lauro de Souza Lima, em Bauru/SP. O acompanhamento é multiprofissional realizado por dermatologista, oftalmologista, ortopedista, neurocirurgião, psicoterapeuta e farmacêuticos.
O tempo de tratamento, que é gratuito, pode variar de seis a 18 meses. Todas as pessoas que convivem com um doente de hanseníase devem passar por avaliação médica, pois têm maior risco de contrair a doença. A transmissão da doença é interrompida a partir do momento que o indivíduo inicia a medicação. As taxas de cura chegam a 70%, entretanto, quando o paciente abandona o tratamento a doença volta.
Janeiro Roxo
As Unidades Básicas de Saúde (UBSs) promovem a busca ativa de moradores com sintomas da doença, chamados de sintomáticos, durante todo o ano. A busca é intensificada em janeiro, devido ao Janeiro Roxo, mês que contempla o Dia Mundial da Pessoa com Hanseníase (29) e o Dia Mundial de Combate à Hanseníase (30).
Desde 2017, Diadema participa, no mês de outubro, a Campanha Estadual de Hanseníase: Divulgação de Sinais e Sintomas sobre a Doença. O objetivo é realizar busca ativa de sintomáticos, informar a população sobre a enfermidade e incentivar que pessoas que tenham os sintomas procurem a Unidade de Saúde.