Diadema leva o respeito aos LGBT+ aos jovens da SODIPROM
Palestra foi parte de mês dedicado à diversidade organizado pela instituição e alcançou cerca de 120 meninos e meninas
- Data: 27/07/2023 16:07
- Alterado: 27/07/2023 16:07
- Autor: Redação
- Fonte: PMD
Diadema leva o respeito aos LGBT+ aos jovens da SODIPROM
Crédito:André Baldini
A Coordenadoria de Políticas de Cidadania e Diversidades (CPOCD) esteve na manhã desta quinta (27) na sede da Sodiprom, uma associação socioassistencial que prepara para o mercado de trabalho adolescentes em situação de vulnerabilidade social na faixa entre 15 a 18 anos, residentes em Diadema e que estejam cursando escolas do primeiro ou segundo graus. São jovens acompanhados pela Secretaria de Assistência Social e Cidadania ou aqueles que buscam a entidade em busca de formação para o Programa Jovem Aprendiz.
“Não é preciso ser LGBT para combater a LGBTfobia,” explicou Robson de Carvalho, coordenador da CPOCD. “E nem é preciso gostar. Basta respeitar. Esse é o tema dessa conversa, respeitar o outro.”
Ao longo de pouco mais de 1 hora, Robson fez um bate-papo bem interativo com cerca de 120 adolescentes e jovens, de 15 a 22 anos, que tiveram liberdade de fazer perguntas, assistiram vídeos e participaram ativamente em todos os momentos.
Silas França, de 17 anos e assumidamente pansexual, era parte do público que se sentia pessoalmente acolhido com aquela atividade. “É muito importante, porque ensina, informa e desmistifica muitos dos termos que usamos no dia a dia. O fato da própria Sodiprom ter organizado essa palestra faz com que eu me sinta muito incluído e, assim como eu, muitas outras pessoas aqui dentro que são LGBT+ não-assumidas também estão se beneficiando e descobrindo que estão em um ambiente acolhedor. E isso nos empodera.”
Para Caio Insabrald, assistente de Coordenação Pedagógica da Sodiprom, esse é exatamente o objetivo desse tipo de atividade. “O adolescente está em constante processo de mudança física e mental, de descobrir quem ele é, entender o próprio corpo e a Sodiprom reconhece esse movimento e busca oferecer ferramentas como esta para ajudá-los a atravessar a puberdade. Por outro lado, também é nesse momento que vai se descobrindo a orientação sexo-afetiva, a identidade de gênero, e pra gente é importante abraçar essa diversidade. A Sodiprom atende hoje quase mil meninos e meninas, todos difeentes entre si, e não queremos excluir ninguém.” Ao longo do mês foram tratados de outros temas como pessoas com deficiência, mulheres que sofrem violência e a realidade de refugiados no país.
Dejanira Moisés, 59, também participou da conversa representando a Associação Viva A Diversidade, contando um pouco da história do movimento e ressaltando as injustiças sofridas pela população LGBT+ todos os dias. “Lá atrás, no começo de tudo, nunca imaginei que estaria em uma escola conversando com jovens sobre sexualidade. A gente não tinha dimensão que o movimento LGBT+ fosse tomar a proporção que tomou,” afirmou ela. “Mas é importante estarmos aqui para fazer essa conscientização. Pois é com os jovens que a gente começa a mudança. Os adultos já estão formados, com seus preconceitos mais enraizados, é mais difícil de mudar. Mas a criança, o adolescente, ainda tem jeito.”