Diadema incentiva apoio à mãe trabalhadora para o aleitamento

Salas de amamentação, capacitação de profissionais da rede de Atenção Básica e escuta qualificada são algumas das estratégias desenvolvidas e incentivadas pelo poder público na cidade

  • Data: 07/08/2023 18:08
  • Alterado: 07/08/2023 18:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Prefeitura de Diadema
Diadema incentiva apoio à mãe trabalhadora para o aleitamento

Diadema incentiva apoio à mãe trabalhadora para o aleitamento

Crédito:Mauro Pedroso

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O retorno ao trabalho é um momento crítico para mãe e bebê. Quando a mulher tem um ambiente de trabalho que estimula o aleitamento, ela continua alimentando o filho e proporcionando para a criança mais saúde. Nesse sentido, as salas de apoio à amamentação são importantes tanto no setor formal quanto no informal”. A fala da nutricionista da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Diadema, Claudia Novaes, ressalta a importância de o poder público desenvolver ações e estimular estratégias para que a mãe se sinta acolhida e protegida ao escolher continuar oferecendo o leite materno como alimento exclusivo até os seis meses de idade e complementar até os dois anos após o retorno ao trabalho.

Em Diadema existem duas salas de apoio à amamentação credenciadas pelo Ministério da Saúde (MS): uma na empresa privada Prensas Schuler, criada em 2020, e outra na Unidade Básica de Saúde (UBS) Parque Reid, criada em 2019. O espaço é destinado, além da amamentação, para extração e congelamento do leite materno.

De acordo com o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI), a prevalência de aleitamento materno exclusivo até o primeiro mês ultrapassa 70%. Ao quarto mês de vida do bebê, esse índice cai para 26%. É nesse período que termina a licença maternidade, de acordo com a Consolidação das Leis de Trabalho (CLT).

“Os benefícios da Sala de Apoio na UBS estão relacionados à oferta de local com ambiência adequada para mulher realizar a extração e armazenamento do seu leite, estratégia fundamental para aquelas mulheres que trabalham no mercado informal e não tem a possibilidade de contar com a sala em uma empresa”, avalia Claudia. A previsão é de que, até o final do ano, mais três salas sejam registradas/credenciadas em Unidades de Saúde.

A criação e o fortalecimento desses espaços são estimulados pelo governo federal como estratégia para aumentar os índices de aleitamento. Para o registro no MS é preciso atender critérios como espaço de 1,5m2 por cadeira de coleta, lavatório e freezer para armazenamento do leite.

O Ministério da Saúde, em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria, ainda capacita tutores que tenham interesse em adotar a Estratégia de Apoio à Mulher Trabalhadora que Amamenta. O objetivo da oficina é preparar profissionais de saúde ao tema do aleitamento materno para sensibilizar gestores e patrões sobre as variadas formas de se apoiar a amamentação no ambiente profissional. Atualmente, Diadema conta com cinco tutores formados.

“A oficina tem participação de 85% dos profissionais da UBS, é dinâmica e trabalha problemas e dificuldades no aleitamento materno de mulheres no território da UBS. Todo profissional pode ajudar. Uma pessoa só não vai fazer a diferença, tem que ser toda a UBS e toda a comunidade”, enfatiza a nutricionista e tutora da Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB), Juliana Almeida dos Santos.

SMAM

Nesta segunda-feira (07/08), encerra a Semana Municipal de Aleitamento Materno (SMAM) 2023 que traz ênfase para o aleitamento e o emprego/trabalho. Entretanto, durante todo o mês, Diadema realiza atividades para celebrar o 9º Agosto Dourado na cidade. Confira a programação AQUI.

Durante a abertura da SMAM, realizado no dia 1º de agosto na Fábrica de Cultura, o secretário municipal da Saúde, José Antônio da Silva, lembrou que a rede está estruturada para acolher a mãe e a família. “É um trabalho coletivo, um movimento para que a gente consiga avançar cada vez mais. A Atenção Básica está estruturada, promove grupos e outras atividades e a maternidade também tem papel fundamental para o início da amamentação”, ressaltou.

Entre as ações de apoio, definidas pela WABA (sigla em inglês para Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno), estão informar, buscar, envolver-se e pôr em prática. Para o pediatra e membro filiado da instituição, Dr. Moises Chencinski, a realidade local é o principal motivador das políticas públicas efetivas. “Quando será que o nosso olhar vai se voltar para nossa legislação, para nossas mães e bebês, identificar as nossas prioridades e trabalhar em cima delas”, questionou. O Ministério da Saúde estima que o aleitamento materno seja capaz de diminuir em até 13% a morte de crianças menores de cinco anos em todo o mundo por causas preveníveis.

A psicóloga e especialista em psicologia perinatal pela Universidade Federal da Bahia e tutora da Estratégia Amamenta Alimenta Brasil e do Método Canguru pelo Ministério da Saúde, Vivian Cristina Reis Rocha, e a enfermeira, educadora, consultora em amamentação e tutora pelo Ministério da Saúde, Edjane Mércia Bittencourt de Araújo, também palestraram no evento voltado para profissionais de saúde da rede municipal.

A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde é que a criança tenha aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida e continuado até dois anos ou mais. Até os seis meses, o bebê não precisa de nenhum outro tipo de alimento como chá, sucos, água ou outro leite. A partir dessa idade, a criança está apta a receber alimentos saudáveis. “A SMAM existe para dar visibilidade de que o leite materno vai satisfazer todas as necessidades nutricionais da criança. Além dos benefícios institucionais, o leite materno traz vários outros benefícios: protege contra infecções, evita alergias, entre outros”, explica Claudia Novaes.

Lei

O tema da SMAM deste ano também está em consonância com a campanha nacional ‘Apoie a amamentação: faça a diferença para mães e pais que trabalham’.

A legislação brasileira, por exemplo, garante direitos às mães e pais que trabalham formalmente. Todas as trabalhadoras formais têm direito a 120 dias de licença-maternidade remunerada, duas pausas para amamentar durante a jornada de trabalho e direto à creche por parte das empresas que empregam mais de 30 mulheres com mais de 16 anos. Os pais têm direito à licença paternidade de cinco dias.

Além disto, o “Projeto Empresa Cidadã”, do Governo Federal, oferece benefícios fiscais para as empresas que prorrogarem por sessenta dias a duração da licença-maternidade e por quinze dias, além dos cinco já estabelecidos, a duração da licença-paternidade (seguindo a recomendação da Lei nº 13.257/2016, conhecida como Marco Legal da Primeira Infância).

Outras estratégias de apoio a mulher trabalhadora, como a Sala de Apoio à Amamentação, além de creches amigas da amamentação, podem possibilitar a continuidade do aleitamento materno quando a mãe retorna ao trabalho. Saiba mais em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2023/julho/ministerio-vai-instalar-salas-de-amamentacao-em-postos-de-saude-para-apoiar-maes-trabalhadoras.

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  • Data: 07/08/2023 06:08
  • Alterado:07/08/2023 18:08
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  • Fonte: Prefeitura de Diadema









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