Diadema finaliza 11ª edição de curso sobre Cultura Africana
Atividade foi promovida pelo Fórum de Promoção da Igualdade Racial Benedita da Silva em parceria com a Coordenadoria de Política de Promoção da Igualdade Racial e a Câmara Municipal
- Data: 28/06/2024 14:06
- Alterado: 28/06/2024 14:06
- Autor: Redação
- Fonte: PMD
Crédito:Dino Santos
Foi realizado no Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema (Sindema), no último sábado (22), o encerramento da 11ª edição do curso sobre Cultura Africana promovido pelo Fórum de Promoção da Igualdade Racial Benedita da Silva, em parceria com a Coordenadoria de Política de Promoção da Igualdade Racial (CREPPIR) da Prefeitura de Diadema e da Câmara Municipal de Diadema.
Foram certificados por volta de 60 professores, a grande maioria mulheres, algumas professoras do Programa Diadema de Dandara e Piatã e outras de várias cidades da Região do Grande ABCD e da grande SP.
Márcia Damaceno, coordenadora da CREPPIR, que também foi uma das palestrantes do curso, diz que o Fórum Benedita da Silva é composto por diversas lideranças e representantes dos movimentos negros de Diadema e do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial.
O curso é oferecido gratuitamente em Diadema para população e já está em sua 11ª edição. “No dia da certificação foi entregue o Almanaque das Coordenadorias, que é um material de 76 páginas que traz informação sobre os serviços e atividades que são realizados pelas coordenadorias de Igualdade Racial, Mulher, Juventude e Diversidades,” acrescentou Márcia. O encontro também teve presentes, danças e um almoço de confraternização.
O curso é voltado às pessoas que estão buscando letramento racial, o entendimento das lutas do movimento negro na construção da política pública de promoção da igualdade racial, bem como a ampliação de seus conhecimentos em relação à história e à cultura africana e afro-brasileira.
Para a oradora da turma, a pedagoga e mestra em Educação Vilma Santana dos Santos, o curso tem um potencial de luz que o mundo todo precisa ver e sentir. “A parte teórica do curso pode ter terminado com a entrega dos certificados, mas agora é que recomeçam as práticas cotidianas antirracistas, mais aperfeiçoadas. Acredito que muitos carentes de letramento racial esperam por nós.” Ela, que atualmente está docente do magistério superior e atua como professora autônoma em Educação Antirracista Cidadã, na Educação Básica, disse estar muito agradecida ao Fórum Benedita da Silva de Diadema. “Vocês enriqueceram muito o meu conhecimento afrocentrado.”
Já a psicóloga Aline Fátima Sales Tolentino, que é professora e atua na coordenação pedagógica da EMEB Vital Brasil, em São Bernardo do Campo, afirmou estar muito feliz com todo o resultado da formação. “Todos os dias foram bons, com muita troca de saberes e experiências, mas este encontro hoje foi um dia em que tivemos aquele tempo disponível para um abraço mais demorado. Para olhar nos olhos e escutar um pouquinho da história. Foi um dia de nutrir e estou muito agradecida.”
O curso acontece de março a junho, com aulas presenciais na Câmara Municipal de Diadema. Para o 2º semestre, ficou acordada a realização de um a dois encontros mensais refletindo e debatendo temas que não foram contemplados ou até mesmo organizando visitas a museus, teatros e outros espaços que abordem essa temática racial. “A proposta é continuar fortalecendo este grupo para que possamos nos empoderar cada vez mais devido às situações de práticas racistas que sempre aparecem. E, ao mesmo tempo, preparar esse coletivo para participar das atividades da Kizomba – Festa da Raça, abrilhantando a cidade com nossas ações antirracistas,” conclui Márcia. “Esse curso é símbolo de resistência, de resgate e de preservação, com a propagação da história e da cultura negra.”