Diadema faz formação pelo Dia da Juventude Negra Encarcerada

A Coordenadoria de Políticas Públicas para a Juventude de Diadema (CPPJ) esteve essa semana conversando com adolescentes e jovens da região sobre os programas sociais voltados a esta faixa etária. Recém-chegada de Brasília, onde conheceu os projetos federais para a juventude, a coordenadora Rafaela Boani está percorrendo a cidade para transmitir essas informações a quem mais interessa, aproveitando o Dia de Luta Contra o Encarceramento da Juventude Negra, celebrado em 20 de junho.

“A Lei 4.263/2022 pede que realizemos uma formação com esse tema e ano passado fizemos uma roda de conversa no Carlos Kopcak, mais voltada aos educadores,” relembrou Rafaela. “Este ano resolvemos ir até o jovem, ainda mais sabendo que a maioria da juventude diademense é negra e periférica e tem seus corpos desrespeitados e seus direitos constantemente violados.”

Os jovens assistiram a um curta-metragem sobre racismo e depois participaram de um bate-papo, onde puderam expor seus pontos de vista e conhecer seus direitos e os programas voltados a esta população.

“São programas como o de dignidade menstrual, com absorventes que podem ser retirados gratuitamente em farmácias nos próprios bairros, o Almanaque das Coordenadorias e o ID Jovem, que foi reformulado e o cadastro, que antes levava 45 dias, hoje leva apenas 1 dia útil,” resumiu Rafaela. O ID Jovem, além de dar passagens gratuitas e com desconto em ônibus interestaduais, também confere meia-entrada em shows, cinemas e teatros.

Só na ETEC Juscelino Kubitschek, foram atingidos cerca de 400 jovens, em dois períodos. Na Sodiprom, que mantém com a Prefeitura convênios de serviços de convivência e fortalecimento de vínculos para adolescentes, cerca de 100 jovens conversaram com a coordenadoria.

Neste dia, o Carro da Vacina da Secretaria de Saúde fez parte da ação, aplicando mais de 90 doses da vacina contra Influenza.

“Vamos continuar com essa formação até termos percorrido todas as regiões da cidade, porque o jovem precisa se apropriar e fazer uso das ferramentas a que tem direito,” afirmou a coordenadora.