Dia da Gestante: 5 dicas para uma gestação mais saudável e consciente
O objetivo traz uma reflexão sobre esse período e a importância dos cuidados para uma gestação saudável
- Data: 15/08/2022 12:08
- Alterado: 16/08/2023 22:08
- Autor: Redação
- Fonte: Pró-Saúde
Gestante
Crédito:Divulgação
Nesta segunda-feira, 15 de agosto, é celebrado o Dia da Gestante. A data vai além da parabenização, trazendo também uma reflexão sobre esse período e a importância dos cuidados para uma gestação saudável.
Maternidades gerenciadas pela Pró-Saúde, uma das maiores entidades filantrópicas de gestão hospitalar do país, que atuam como referência na região Norte do país, reuniram cinco dicas simples, mas essenciais para que a mulher, e toda a família, se preparem de forma saudável e consciente para esse período, que marca uma mudança significativa: a chegada de uma nova vida.
“Muitos focam em questões relacionadas à alimentação, exercícios, consumo de álcool e tabaco durante a gestação. Sem dúvida, são itens importantes, mas uma gestação saudável vai muito além, envolve os aspectos mentais dessa mãe, informação e consciência sobre todo o processo. A informação empodera e afasta sentimentos como insegurança e medo”, destaca Erilene Castro, enfermeira obstétrica do Hospital Materno-Infantil de Barcarena Dra. Anna Turan, gerenciado pela Pró-Saúde no interior paraense. A unidade é referência para gestantes de alto risco de todo o Baixo Tocantins.
Yara Leite, enfermeira obstétrica do Hospital Bom Pastor, lembra ainda que o período gestacional é marcado por muitas mudanças, desde a parte física da mulher, até os hábitos de vida e rotina da família. “É natural que a atenção se volte para o momento do parto, um marco dessa mudança, quando na verdade são nove meses que demandam cuidados, atenção e preparo”, destaca a profissional.
Diferente de hospitais dos grandes centros urbanos, o Bom Pastor é referência no atendimento à saúde indígena para mais de 50 aldeias na região de Guajará-Mirim, em Rondônia, onde 90% do acesso é por meio fluvial. Atuando como a única maternidade da região, o Bom Pastor possui estrutura para todo o processo do parto, com salas de PPP (pré-parto, parto e pós-parto), salas cirúrgicas, enfermarias, incubadoras e berços aquecidos.
Confira as dicas:
– Faça o pré-natal corretamente
Realizado na rede básica de saúde dos municípios, o pré-natal é fundamental para detectar doenças pré-existentes na mulher, como anemia e diabetes, e acompanhar o desenvolvimento do bebê, detectando intercorrências, como malformações ou doenças congênitas. O Ministério da Saúde recomenda que as consultas do pré-natal sejam feitas pelo menos seis vezes durante a gestação, sendo uma no primeiro trimestre, duas no segundo e três no terceiro, além de uma sétima consulta em até 42 dias após o parto.
“Ser presente nas consultas é essencial. Uma falta atrasa toda essa programação e impacta no correto acompanhamento do bebê. Problemas detectados precocemente permitem o tratamento intrauterino, proporcionando ao recém-nascido uma vida perfeitamente saudável”, alerta Yara.
– Estude e se empodere sobre os processos de parto
Muitos têm uma visão externa e distante do processo de parto. Saber exatamente o que vai acontecer em cada etapa – pródomo, latente, ativo e expulsivo – faz muita diferença. “Quanto mais conhecimento, menos medo você vai sentir, pois entende o que está acontecendo e já sabe o que esperar”, explica Erilene.
Por isso, é importante conhecer os tipos de parto, as fases e até mesmo possíveis intercorrências para passar de forma mais tranquila por esse momento tão intenso e marcante. Conversar com seu médico, desenvolver um plano de parto – documento com as diretrizes básicas do que deseja ter ou fazer durante o trabalho de parto –, e conhecer a estrutura do local escolhido podem ajudar.
Ao contrário do que muitos pensam, o atendimento humanizado pode ser estendido tanto para partos naturais quanto para cirurgias cesarianas. “Isso porque ele inclui uma escuta direcionada à mulher, respeitando suas escolhas. No caso do parto normal, a mãe decide como parir, onde quer o parto, qual a posição, quais métodos serão utilizados para alívio da dor”, complementa Yara.
– Cuide da sua saúde mental e se mantenha ativa
É comum que gestantes, por medo ou até mesmo pressão externa, se afastem de suas atividades habituais, como trabalho, lazer ou atividades físicas. Porém, esse longo período de isolamento e ociosidade pode impactar negativamente na saúde física e mental, desencadeando até mesmo casos de depressão.
É essencial buscar orientação médica para definir quais atividades são permitidas de acordo com cada quadro clínico. De forma geral, yoga, pilates e hidroginástica são opções que podem ajudar a se manter ativa e esvaziar a mente, auxiliando na prevenção de doenças como hipertensão e diabetes gestacional.
– Se prepare para as mudanças
A chegada de um bebê é marcada por mudanças, seja no campo físico, emocional, financeiro e até mesmo dos hábitos do cotidiano. Lembre-se que um bebê tem sua própria rotina de sono e alimentação, que pode impactar de forma significativa nos hábitos da família.
“No início da vida, o ritmo do bebê não é afetado pelo ciclo de dia/noite, por isso, pode parecer que eles exigem muito durante a madrugada, causando privação de sono nos pais, que já têm uma rotina estabelecida. É preciso ter calma e traçar estratégias para minimizar o impacto, como por exemplo, revezar os cuidados entre os pais”, sugere a profissional do Hospital Bom Pastor.
Além disso, insumos como fraldas, vacinas, remédios e consultas médicas podem pesar no orçamento. Por isso, é essencial ter consciência e se preparar para todos esses impactos.
– Crie uma rede de apoio e aceite ajuda
O processo de parto e as mudanças impostas pela chegada do recém-nascido, que precisa de cuidados durante todo o tempo, podem ser desgastantes. Construir uma rede de apoio, envolvendo familiares e até amigos pode ajudar a enfrentar os desafios de forma mais leve.
Arrumar a casa, preparar uma refeição, servir água ou supervisionar o bebê por alguns minutos, são algumas das tarefas que podem ser executadas por essas pessoas ao redor da mãe. “É normal o sentimento da puérpera de estar atrapalhando ao pedir ajuda ou que precisa dar conta de tudo sozinha. Mas lembre-se de que essas pessoas são próximas e se importam com você. São ações simples, mas que podem te ajudar a ter mais qualidade de vida e disposição para se dedicar ao bebê”, ressalta a enfermeira do Materno-Infantil de Barcarena.