Deputado do DF acusa escola de promover rituais africanos

MP abre ação por discriminação religiosa e reforça importância da educação inclusiva nas escolas.

  • Data: 28/11/2024 18:11
  • Alterado: 28/11/2024 18:11
  • Autor: redação
  • Fonte: Assessoria
Deputado do DF acusa escola de promover rituais africanos

Crédito:Reprodução/Instagram

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O recente episódio envolvendo o pastor e deputado distrital Daniel de Castro (PP-DF) e uma professora do Centro Educacional do Lago em Brasília gerou um debate acalorado sobre educação, laicidade e preconceito religioso. No centro da controvérsia está a acusação do deputado de que uma aula sobre cultura africana estava promovendo rituais religiosos, algo que ele considera inapropriado para o ambiente escolar.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) reagiu rapidamente, abrindo uma ação civil pública contra o parlamentar. O órgão argumenta que a divulgação de vídeos não autorizados pela professora foi prejudicial, reforçando estereótipos negativos sobre religiões de matriz africana e incitando discriminação. Além disso, ressaltou a importância da disciplina de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, obrigatória segundo as diretrizes educacionais do Ministério da Educação (MEC), na formação cidadã dos alunos.

Em sua defesa, o deputado afirma que suas críticas estão dentro do exercício legítimo de seu mandato parlamentar e invoca a imunidade prevista na Constituição Federal. Ele mantém sua posição de que a escola deve ser um espaço laico, livre de práticas religiosas.

O Centro Educacional do Lago se posicionou firmemente contra as alegações do deputado, enfatizando que as aulas seguem rigorosamente as diretrizes educacionais e visam promover o respeito à diversidade cultural e religiosa.

Este caso levanta questões importantes sobre os limites entre educação cultural e proselitismo religioso nas escolas públicas brasileiras. Ele destaca a necessidade de um debate contínuo sobre como abordar temas culturais sensíveis de maneira que respeite tanto a laicidade do Estado quanto a rica diversidade cultural do país. A discussão promete ser um campo fértil para reflexões futuras sobre educação e respeito às diferenças em uma sociedade pluralista.

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